O
diretor de economia do SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil
do Estado de São Paulo), Eduardo Zaidan, aposta em uma acomodação dos preços, em
relação aos níveis verificados nos anos anteriores.
Zaidan
explica que os preços dos imóveis em São Paulo
subiram muito nos últimos anos por conta de uma demanda reprimida que inundou o
mercado. Essa forte demanda refletiu tanto a onda de estabilidade monetária pela
qual o Brasil passou, com baixos índices de inflação, quanto o crescimento
sustentável do País, com renda e emprego crescendo
consistentemente.
No
entanto, se por um lado esses fatores fizeram com que o mercado imobiliário
mostrasse números “muito espetaculares”, por outro, essa mesma demanda reprimida
já foi bastante atendida e 2011 já começou a mostrar uma evolução mais moderada.
Assim, para 2012, Zaidan espera uma demanda ainda grande, “mas não com números
tão fortes como em 2008, 2009 e 2010”, sobretudo por conta desse atendimento da
demanda.
O
presidente do Creci-SP (Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São
Paulo), José Augusto Viana Neto, tem opinião semelhante à de Zaidan. “Os preços
tendem a se estabilizar a partir desse momento. Não haverá um aumento de preço
como ocorreu até 2010”, afirma Neto.
De
todo modo, ambos descartam a possibilidade de retração nos preços. Os preços
vão, sim, continuar subindo, mas apenas em ritmo mais reduzido. Neto explica que
os números observados em 2011 sinalizam que a desaceleração já começou,
“mostrando que o mercado está encontrando um ponto de equilíbrio entre oferta e
demanda”.
Regiões
e regiões
Se, na média, devemos esperar uma estabilidade nos preços, não podemos esquecer que há regiões demandadas e as ‘super demandadas’. Neste último caso está São Paulo.
Se, na média, devemos esperar uma estabilidade nos preços, não podemos esquecer que há regiões demandadas e as ‘super demandadas’. Neste último caso está São Paulo.
Nesses
locais ‘super demandados’, a expectativa é de que os preços se mantenham em
alta. “Se você lançar um prédio na Alameda Campinas, no meio de Moema ou no
entorno da Juscelino Kubitschek, ele vai ser caro, não tem jeito”. Nesses
locais, onde a demanda é forte e contínua e os imóveis chegam a ser considerados
raros, não há como esperar qualquer tipo de retração nos preços.
Locação
Falando das locações, Zaidan acredita que em 2012 haverá uma oferta maior de imóveis para locação, o que corrobora a avaliação de que esse é um tipo de investimento muito interessante. A respeito dos preços, Zaidan afirma que “os aluguéis de imóveis bem localizados vão continuar caros”.
Falando das locações, Zaidan acredita que em 2012 haverá uma oferta maior de imóveis para locação, o que corrobora a avaliação de que esse é um tipo de investimento muito interessante. A respeito dos preços, Zaidan afirma que “os aluguéis de imóveis bem localizados vão continuar caros”.
O
presidente do Creci-SP também confirma a perspectiva de que o mercado de locação
vai continuar aquecido, “há muitas pessoas necessitando de imóveis para alugar,
e por isso o valor da locação acaba sendo excessivo. Os proprietários estão
aproveitando esse momento”, diz Viana Neto.
Em
sua análise, o imóvel nesse momento é “um excelente investimento para quem quer
aplicar dinheiro para ter renda de aluguel”. Os preços dos aluguéis devem
continuar elevados ainda por muito tempo, mas a localização é um fator que deve
sempre ser considerado. “Imóveis mais populares, em regiões próximas à linha de
metrô, por exemplo, têm uma procura muito maior e, portanto, uma valorização
maior”, explica.
Além
disso, os preços dos aluguéis devem ser analisados considerando o conjunto de
custos que o inquilino terá por mês para morar em um determinado imóvel. Na
prática, isso quer dizer que a evolução dos preços dos aluguéis também será
influenciada pela evolução dos valores dos condomínios e do IPTU (Imposto
Predial e Territorial Urbano).
“Alguns
aluguéis não vão subir muito porque o condomínio e IPTU já subiram demais”,
explica Zaidan. Por outro lado, aqueles imóveis que não tiveram altas
expressivas nesses dois custos poderão apresentar altas mais fortes nos
aluguéis.
A
região e o tipo de apartamento também influenciam tanto no valor do aluguel
quanto na velocidade com que o imóvel é locado. Imóveis de um a dois dormitórios
em Moema, por exemplo, não ficam um mês sem ser alugado. “Os bons imóveis, os
imóveis menores, não esquentam prateleira”, afirma Zaidan.(iNFOMONEY)
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