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quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Vendas de imóveis novos na capital recuam 37,7% em outubro

SÃO PAULO – Em outubro de 2011, foram comercializados na capital paulista 2.017 imóveis residenciais novos. De acordo com levantamento feito pelo Secovi-SP (Sindicato da Habitação), o número apresenta queda de 37,7% ante as 3.237 unidades vendidas em setembro deste ano.
O VSO (Vendas sobre Ofertas), que mede o desempenho entre o total de unidades vendidas e a oferta existente, também apresentou diminuição, com média de 11,9% em outubro, inferior aos 18,7% de setembro.

Os lançamentos, por sua vez, apresentaram avanço no décimo mês do ano. De acordo com dados apurados pela Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio), foram registradas 3.215 unidades residenciais lançadas na cidade, 17,38% acima do total disponibilizado em setembro (2.739 unidades).

Na Cidade de São Paulo, de janeiro a outubro deste ano foram vendidas 21.890 unidades. Esse total foi 20,8% inferior ao comercializado na região nos dez primeiros meses de 2010.

Região Metropolitana
A pesquisa do Secovi-SP ainda mostra dados referentes ao comportamento tanto na Grande São Paulo como na Capital. No décimo mês deste ano, na RMSP, foram vendidas 2.882 unidades, inferior ao total vendido em setembro, de 4.440.

Ainda na Região Metropolitana de São Paulo, composta por 39 municípios, incluindo a Capital, houve baixa de 46,3% nas vendas, em comparação com as unidades negociadas em 2010.

Já o VSO médio da região ficou em 9,3%.

Segmentos
Na Cidade de São Paulo, o nicho de 3 dormitórios ocupou a liderança em termos de participação nas vendas de outubro, com 54,1% do total. Na sequência vieram os imóveis de 2 dormitórios, com 29,4% do total.

Na região metropolitana, as unidades de 3 dormitórios também lideraram as vendas, seguidos pelos de dois dormitórios, um e quatro, nesta ordem. (Infomoney)

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Mercado imobiliário: como esse setor vai se comportar em 2012?

SÃO PAULO – Os brasileiros já começaram a contagem regressiva. Em menos de 20 dias inicia-se o novo ano, e com muitas expectativas, sobretudo para os setores mais importantes da economia. Uma das questões é: como será o comportamento do mercado imobiliário ao longo de 2012? Veremos um aquecimento, uma retração, alta nos preços, mais oferta, enfim, o que podemos esperar?
O diretor de economia do SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo), Eduardo Zaidan, aposta em uma acomodação dos preços, em relação aos níveis verificados nos anos anteriores.

Zaidan explica que os preços dos imóveis em São Paulo subiram muito nos últimos anos por conta de uma demanda reprimida que inundou o mercado. Essa forte demanda refletiu tanto a onda de estabilidade monetária pela qual o Brasil passou, com baixos índices de inflação, quanto o crescimento sustentável do País, com renda e emprego crescendo consistentemente.

No entanto, se por um lado esses fatores fizeram com que o mercado imobiliário mostrasse números “muito espetaculares”, por outro, essa mesma demanda reprimida já foi bastante atendida e 2011 já começou a mostrar uma evolução mais moderada. Assim, para 2012, Zaidan espera uma demanda ainda grande, “mas não com números tão fortes como em 2008, 2009 e 2010”, sobretudo por conta desse atendimento da demanda.

O presidente do Creci-SP (Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo), José Augusto Viana Neto, tem opinião semelhante à de Zaidan. “Os preços tendem a se estabilizar a partir desse momento. Não haverá um aumento de preço como ocorreu até 2010”, afirma Neto.

De todo modo, ambos descartam a possibilidade de retração nos preços. Os preços vão, sim, continuar subindo, mas apenas em ritmo mais reduzido. Neto explica que os números observados em 2011 sinalizam que a desaceleração já começou, “mostrando que o mercado está encontrando um ponto de equilíbrio entre oferta e demanda”.

Regiões e regiões
Se, na média, devemos esperar uma estabilidade nos preços, não podemos esquecer que há regiões demandadas e as ‘super demandadas’. Neste último caso está São Paulo.

Nesses locais ‘super demandados’, a expectativa é de que os preços se mantenham em alta. “Se você lançar um prédio na Alameda Campinas, no meio de Moema ou no entorno da Juscelino Kubitschek, ele vai ser caro, não tem jeito”. Nesses locais, onde a demanda é forte e contínua e os imóveis chegam a ser considerados raros, não há como esperar qualquer tipo de retração nos preços.

Zaidan também lembrou de todos os custos envolvidos no processo de construção. As construtoras precisam administrar os altos custos dos terrenos, a mão de obra cara, a rígida fiscalização, problemas na entrega de materiais e a forte valorização nos preços dos terrenos, por exemplo. Esses elementos pressionam e continuarão pressionando os preços dos imóveis.

Locação
Falando das locações, Zaidan acredita que em 2012 haverá uma oferta maior de imóveis para locação, o que corrobora a avaliação de que esse é um tipo de investimento muito interessante. A respeito dos preços, Zaidan afirma que “os aluguéis de imóveis bem localizados vão continuar caros”.

O presidente do Creci-SP também confirma a perspectiva de que o mercado de locação vai continuar aquecido, “há muitas pessoas necessitando de imóveis para alugar, e por isso o valor da locação acaba sendo excessivo. Os proprietários estão aproveitando esse momento”, diz Viana Neto.

Em sua análise, o imóvel nesse momento é “um excelente investimento para quem quer aplicar dinheiro para ter renda de aluguel”. Os preços dos aluguéis devem continuar elevados ainda por muito tempo, mas a localização é um fator que deve sempre ser considerado. “Imóveis mais populares, em regiões próximas à linha de metrô, por exemplo, têm uma procura muito maior e, portanto, uma valorização maior”, explica.

Além disso, os preços dos aluguéis devem ser analisados considerando o conjunto de custos que o inquilino terá por mês para morar em um determinado imóvel. Na prática, isso quer dizer que a evolução dos preços dos aluguéis também será influenciada pela evolução dos valores dos condomínios e do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano).

“Alguns aluguéis não vão subir muito porque o condomínio e IPTU já subiram demais”, explica Zaidan. Por outro lado, aqueles imóveis que não tiveram altas expressivas nesses dois custos poderão apresentar altas mais fortes nos aluguéis.

A região e o tipo de apartamento também influenciam tanto no valor do aluguel quanto na velocidade com que o imóvel é locado. Imóveis de um a dois dormitórios em Moema, por exemplo, não ficam um mês sem ser alugado. “Os bons imóveis, os imóveis menores, não esquentam prateleira”, afirma Zaidan.(iNFOMONEY)

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Boom imobiliário em Santos valoriza até prédio torto na praia

Boom imobiliário em Santos valoriza até prédio torto na praiaDo UOL Economia
A constante valorização de apartamentos não se restringe somente aos grandes empreendimentos de luxo, que estão sendo erguidos em Santos (litoral de São Paulo). Os famosos “prédios tortos”, na orla da praia, mesmo com esse problema estrutural, chegaram a valorizar até 75% nos dois últimos anos.
Os prédios tortos chamam atenção pela inclinação acentuada. Na época de sua construção, principalmente nas décadas de 40, 50 e 60 do século passado, as fundações usadas eram pouco profundas. Por causa do solo da cidade, os alicerces foram cedendo, e eles ficaram inclinados. Foram perdendo valor de mercado porque não queriam comprar um apartamento nesses locais.
No entanto, o boom imobiliário da cidade, estimulado principalmente pelo petróleo do pré-sal, vem fazendo com que até esses prédios sejam valorizados.
O edifício Maembi, no bairro do Embaré, de classe média, é um dos que apresentam mais desalinhamento, com 1,18 m de desaprumo. Um apartamento de dois dormitórios, com 100 metros quadrados, há dois anos, custava cerca de R$ 140 mil e atualmente está na faixa de R$ 230 mil, uma alta de 64%.

Preço de imóveis em outros pontos chega a dobrar

Para o corretor imobiliário Edmar Ribeiro Soares, que está no mercado há 42 anos, essa é a melhor fase de venda de imóveis na região. “Atualmente, as imobiliárias próximas à orla da praia estão vendendo de cinco a sete apartamentos por mês, e a tendência é que o mercado continue aquecido”.
Ele também cita outros prédios tortos, no bairro do Boqueirão, em que um apartamento de 110 metros quadrados estava à venda por R$ 140 mil e hoje custa R$ 245 mil, variação de 75%.
Para se ter uma idéia da valorização que acontece em Santos nos últimos anos, o delegado do Conselho Recional de Corretores de Imóveis (Creci) na Baixada Santista, Carlos Ferreira, cita um empreendimento no bairro do Gonzaga, uma região de alto padrão. No lançamento, estava à venda por R$ 380 mil. Hoje custa cerca de R$ 750 mil, quase o dobro.
A valorização se estende a outros pontos da cidade. Um apartamento no bairro de classe média da Pompéia, custava R$ 550 mil no lançamento, mas agora vale R$ 980 mil, uma alta de quase 80%.
Um sobrado em um condomínio do Marapé, bairro de classe média baixa, no início, valia R$ 230 mil, mas hoje em dia está em R$ 350 mil, mais de 50% de ganho.

Prédios comerciais também se valorizam, dizem corretores

Essa alta nos preços dos imóveis se estende também aos conjuntos comerciais. “Um empreendimento comercial no Boqueirão, em uma das avenidas mais movimentadas de Santos, no lançamento era vendido pelo preço de R$ 240 mil. Atualmente hoje custa cerca de R$ 380 mil, quase 60% de elevação. A valorização dos imóveis de alto padrão é de quase 27% ao ano”, afirma Ferreira.
Em outra imobiliária de Santos, a corretora Cristina Baroni diz que as vendas estão mesmo em alta e também constata a valorização. “Num prédio com vista para o mar, no canal 5 (área de classe média), um apartamento de dois dormitórios com garagem custava cerca de R$ 160 mil. Hoje estão querendo vender por R$ 280 mil [75% a mais]“.
Para o delegado do Creci, alguns fatores ajudam para que o preço dos imóveis continue subindo. “A descoberta do petróleo na camada de pré-sal, as obras de ampliação do porto de Santos, o projeto da ponte que vai ligar Guarujá e Santos e o projeto do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT), entre Santos e São Vicente deram um impulso no mercado imobiliário da região. Se tudo isso sair do papel, nos próximos anos, teremos um boom imobiliário com crescimento constante não só em Santos, mas em todas as cidades da Baixada Santista.”

A preferência por imóveis novos ainda é minoria entre os brasileiros

A maioria dos imóveis financiados no Brasil é de usados


A maioria dos imóveis financiados no Brasil é de usados. Na Caixa Econômica Federal, eles representam 52% do total, enquanto os novos ficam com 48%. Embora sejam a minoria, o percentual das unidades recém-construídas no bolo dos financiamentos bancários tem aumentado. Em 2002, elas correspondiam a 36% do volume concedido.

Os brasileiros têm financiado imóveis bem mais caros. Entre 2003 e 2011, o valor médio dos imóveis adquiridos com a linha de crédito do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo(SBPE) saltou de R$ 78 mil para R$ 179 mil, uma elevação de 177,5%. Nos financiamentos com recursos do FGTS, esse preço médio subiu de R$ 37 mil para R$ 89 mil, 143% a mais.

Para o vice-presidente de Governo da Caixa, José Urbano Duarte, não é só a disparada dos preços dos imóveis que explica essa alta significativa em oito anos. “Além da melhoria da renda e do emprego, as facilidades do crédito, com redução das taxas de juros, aumento do percentual que pode ser financiado e maiores prazos, permitiram às pessoas adquirirem apartamentos ou casas maiores e melhores”, afirma. O valor médio financiado, que pode chegar a 100% do imóvel, é de R$ 135 mil no caso das linhas da poupança e de R$ 65 mil para as do FGTS.

De casamento marcado, a auxiliar administrativa Mariana Lais Fernandes, 24 anos, optou por comprar um imóvel já pronto. Mas isso só foi possível por causa da facilidade de obter crédito. “Não conseguiria comprar à vista”, diz. A cerimônia será realizada só em 2013, mas ela não quis correr riscos. “Fiquei com medo de comprar na planta e ter dificuldades na entrega”, explica. Ela financiou o apartamento em 30 anos, mas pretende quitá-lo em 10. “Depois disso, quero comprar outro imóvel.”

Atrasos
A preocupação de Mariana com a entrega é o problema que muitos consumidores enfrentam ao adquirir imóvel na planta. Pelo menos 30% dos empreendimentos estão com as obras atrasadas no país e não serão entregues no prazo contratado, conforme números da Câmara Brasileira da Construção Civil (Cbic). Em São Paulo, o Ministério Público firmou termo de compromisso com as empresas do setor para incluírem, nos contratos, a previsão de pagamento de multa e de valor equivalente ao aluguel, se o comprador for locatário, em caso de atraso, que ultrapasse o prazo de tolerância previsto. É comum as construtoras fixarem uma data de entrega, mas estipularem um período adicional, sem qualquer ônus para elas — em geral, de 90, 120 ou 180 dias — , para disponibilizarem as chaves.

“O problema agora está maior porque, com o ‘boom’ da construção, muitas empresas pegaram obras acima da sua capacidade”, admitiu o presidente da Cbic, Paulo Simão. Para evitar aborrecimentos que podem, inclusive, culminar com a não entrega da unidade e a falência da construtora, o consumidor precisa se cercar de cuidados. “É preciso saber mais sobre a empresa e seu histórico”, diz o advogado Tiago Antolini, especialista em direito habitacional. Ele aconselha também verificar a situação do terreno e do projeto perante o governo local.

Direito assegurado
O Judiciário tem assegurado os direitos dos consumidores e concedido indenização mensal em caso de descumprimento do prazo de entrega pelas construtoras, além de proibir a cobrança de uma série de encargos que são devidos somente a partir das chaves, como taxa de condomínio. Em decisão em 11 de maio deste ano, a Primeira Turma Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDF) estabeleceu que o cliente tem direito à indenização, equivalente a 0,5% do valor do imóvel, a partir do terceiro mês de atraso até a data efetiva de entrega das chaves. Ela admitiu como prazo de tolerância, sem ônus para a construtora, apenas dois meses, necessários para obtenção de habite-se perante o governo local. (LugarCerto/Uai)

Aluguel em Sao Paulo dependendo da região pode ficar ate 135% mais caro

SÃO PAULO - O valor do aluguel na cidade de São Paulo, dependendo da região, pode ficar até 135,917% mais caro, segundo levantamento divulgado pelo Secovi-SP (Sindicato da Habitação) nesta quinta-feira (15), com dados referentes a novembro.
Este é o caso, por exemplo, dos imóveis de três dormitórios. Para este tipo de moradia, a região Leste zona B, que contempla bairros como Brás, Itaquera e Vila Matilde, por exemplo, possui os menores valores de aluguel de imóveis em bom estado, de R$ 12,31 o metro quadrado.

Na região Sul zona A, que contempla bairros como Aclimação, Higienópolis, Itaim e Jardins, por outro lado, foram encontrados os maiores valores de locação para estes imóveis, de R$ 29,04 o metro quadrado.

Diferenças
Para se ter uma ideia, em novembro, quem quisesse alugar uma unidade de três quartos, com 90 metros quadrados, por exemplo, desembolsaria cerca de R$ 1.107,90 na região Leste zona B e R$ 2.613,60 na região Sul zona A.

No caso dos imóveis de dois dormitórios (com 70 m2), a diferença nos preços atinge 115,24%. O menor valor verificado em novembro foi encontrado novamente na região Leste zona B, onde o valor médio do aluguel chegou a R$ 964,60. Já o maior valor, de R$ 2.076,20, também foi verificado na região Sul zona A.

No caso de um imóvel com um dormitório (com 55 m2), também em bom estado e considerando os preços máximos, pode-se verificar uma diferença de 130,23% no valor do aluguel, sendo o menor de R$ 822,25 (zona Leste B) e o maior, de R$ 1.893,10 (zona Sul A).

Valor por região
Na tabela a seguir é possível verificar o preço máximo do aluguel de imóveis em bom estado de um, dois, três e quatro dormitórios na cidade de São Paulo. Os preços estão divididos por zonas e consideram tamanhos específicos de propriedades:



Preço do aluguel residencial na cidade de São Paulo
novembro 2011
Região
Um Dormitório
(55 m²)
Dois Dormitórios
(70 m²)
Três Dormitórios
(90 m²)
Quatro Dormitórios
(130 m²)
Centro R$ 1.416,25 R$ 1.831,20 R$ 2.038,50 -
Leste - Zona A R$ 1.131,90 R$ 1.271,20 R$ 1.628,10 R$ 2.382,90
Leste - Zona B R$ 822,25 R$ 964,60 R$ 1.107,90 -
Norte R$ 1.208,50 R$ 1.234,10 R$ 1.599,30 -
Oeste - Zona A R$ 1.631,85 R$ 1.805,30 R$ 2.414,70 -
Oeste - Zona B R$ 888,80 R$ 1.246,70 R$ 1.484,10 -
Sul - Zona A R$ 1.893,10 R$ 2.076,20 R$ 2.613,60 R$ 4.241,90
Sul - Zona B R$ 1.139,60 R$ 1.348,20 R$ 1.611,00 -

Centro: Barra Funda, Bom Retiro, Cambuci, Centro, Liberdade, Pari, Santa Cecília
Zona Leste A: Alto da Mooca, Belém, Mooca, Tatuapé
Zona Leste B: Artur Alvim, Brás, Cangaíba, Ermelino Matarazzo, Itaim Paulista, Itaquera, Jardim Aricanduva, Penha, São Mateus, São Miguel Paulista, Sapopemba, Vila Carrão, Vila Formosa, Vila Matilde, Vila Prudente
Zona Norte: Brasilândia, Casa Verde, Freguesia do Ó, Limão, Mandaqui, Pq Edu Chaves, Santana, Tremembé, Tucuruvi, Vila Guilherme, Vila Mazzei, Vila Nova Cachoeirinha
Zona Oeste A: Alto da Lapa, Alto de Pinheiros, Lapa, Perdizes, Pinheiros, Pompéia, Sumaré, Vila Leopoldina, Vila Madalena
Zona Oeste B: Butantã, Jaguaré, Perus, Pirituba
Zona Sul A: Aclimação, Bosque da Saúde, Chácara Santo Antônio, Higienópolis, Itaim, Jardim da Saúde, Jardins, Moema, Morumbi, Paraíso, Real Parque, Saúde, Vila Mariana, Vila Olímpia
Zona Sul B: Campo Limpo, Cidade Ademar, Interlagos, Ipiranga, Moinho Velho, Pedreira, Sacomã, São João Clímaco, Vila das Mercês, Vila Gumercindo

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Aluguéis de centros de distribuição e condomínios logísticos dispararam nos últimos cinco anos



Aluguéis de centros de distribuição e condomínios logísticos dispararam nos últimos cinco anos; investidor que opta por fundos imobiliários tem isenção de IR


Projeto de condomínio logístico em Cajamar (SP)
Projeto de condomínio logístico em Cajamar (SP): aluguéis elevados atraem investidores


Os condomínios logísticos e galpões industriais passam por um momento virtuoso de investimentos em São Paulo e no Rio de Janeiro. Esses imóveis servem tanto como base de distribuição de produtos para empresas de varejo quanto para que companhias industriais instalem fábricas e unidades produtivas. Hoje é enorme o número de empresas que busca galpões nas proximidades das duas maiores cidades do país e não encontra algo que atenda completamente a suas necessidades. Após quase uma década de estagnação, os aluguéis desses imóveis dispararam desde 2006 como reflexo do desequilíbrio entre a oferta e a demanda. O movimento atraiu o interesse de grandes investidores imobiliários e, neste momento, começam a surgir novos fundos com quotas negociadas na BM&FBovespa – o que possibilita que as pessoas físicas também possam apostar nesse segmento.

Para as empresas brasileiras, esses imóveis representam a oportunidade de se instalar nas proximidades dos grandes centros sem grandes investimentos. Redução de custos logísticos e de manutenção ajudam a compensar parte dos custos com os aluguéis. Já para quem gosta investir em imóveis comerciais como fonte de renda, os galpões representam uma forma de alcançar uma rentabilidade mais elevada. Segundo Sandra Ralston, vice-presidente da consultoria Colliers, o retorno médio de quem compra hoje um galpão alcança 10,5% ao ano. No caso de torres de escritórios de alto padrão, a rentabilidade seria mais baixa e estaria próxima a 9,5%.

O risco do investidor também pode ser considerado menor, segundo Simone Santos, diretora da Herzog Imóveis Industriais e Comerciais. O tempo de construção de um condomínio logístico gira em torno de seis a oito meses. Já para erguer um prédio comercial em uma região nobre como a avenida Faria Lima, no centro financeiro de São Paulo, é possível que se transcorram quatro anos. O risco de que o mercado já não esteja mais em um excelente momento quando as chaves forem entregues, portanto, é bem maior. Isso é particularmente importante na tomada de decisão dos investidores neste momento, já que há grande dúvidas sobre o desempenho da economia em 2012.

O mercado de grandes prédios corporativos também enfrenta outras dificuldades atualmente. Os bancos raramente financiam esse tipo de empreendimento. O investidor tem que empatar recursos durante vários anos antes de começar a obter retornos. Há ainda os gargalos de terrenos, mão de obra e equipamentos, que dificultam a vida das incorporadoras. Já para construir um centro logístico à beira de alguma rodovia existem menos gargalos.

A desvantagem dos galpões sobre outros imóveis comerciais se dá em termos de preservação no patrimônio. As limitações físicas para a construção de novos prédios em bairros nobres de São Paulo também funcionam como uma espécie de barreira de entrada para novos concorrentes nesse segmento. A baixa criação de novos estoques e a manutenção da oferta reduzida favorecem quem já possui uma propriedade nesses locais.

Opções de investimento

Para quem quer investir em galpões, há duas opções. O investidor que possui ao menos 2 milhões de reais no bolso pode comprar um pedaço de um condomínio logístico. Empresas como a GR Properties se especializaram nesse tipo de negócio. Já quem não tem tanto dinheiro no bolso tem a opção de investir em galpões por meio de fundos imobiliários com quotas negociadas na BM&FBovespa. Esses papéis podem ser comprados via home broker. Alguns fundos têm quotas negociadas por 100 reais, por exemplo.

Os fundos imobiliários também possuem vantagens como a maior liquidez (costuma ser possível comprar e vender pequenas quantidades de quotas no mesmo dia), a burocracia quase inexistente (não é preciso arcar com despesas como escritura e taxas do cartório) e principalmente a isenção de Imposto de Renda sobre os aluguéis distribuídos às pessoas físicas (o aluguel de um imóvel próprio pode ser tributado com uma alíquota de até 27,5%).

Os administradores de fundos imobiliários começaram a perceber a atratividade do negócio de galpões recentemente. Antes concentradas no setor de escritórios e shoppings, as ofertas públicas em curso estão voltadas principalmente para imóveis logísticos. Entre os administradores que já anunciaram emissões ou planejam captar recursos nos próximos meses estão Credit Suisse Hedging Griffo, TRX Realty, Brazilian Mortgages e Kinea. “O imóvel industrial e logístico é tão comum em fundos imobiliários nos Estados Unidos quanto os shoppings e os prédios de escritórios”, diz Marcos Montandon , vice-presidente do CBRE Group. “Esse segmento tem um enorme potencial no Brasil.”

Riscos

Os dois principais riscos para quem investe em imóveis comerciais de qualquer tipo são a vacância e a inadimplência. Hoje a taxa de vacância média dos galpões nas proximidades de São Paulo alcança 6%, segundo Simone, da Herzog. Na cidade de São Paulo, o percentual de imóveis vazios é próximo de zero. Os bons números refletem a escassez de oferta de empreendimentos. Como é impossível adivinhar o futuro da economia, no entanto, o investidor precavido deve dar preferência a imóveis que possuem contratos de aluguel com prazos muito longos, como cinco a dez anos. Uma multa para ressarcir quebras de contrato antes do fim também é outra garantia interessante.

A precaução é válida principalmente porque, com o boom dos aluguéis, o ritmo de inauguração de empreendimentos logísticos tem crescido rapidamente nos últimos anos. Em 2011, o novo estoque a ser entregue em um raio de 150 km de São Paulo deve alcançar 830.000 metros quadrados. Segundo a Herzog, outros 1,2 milhão de metros quadrados chegarão ao mercado em 2012, conforme a tabela abaixo:

Região Valor do aluguel mensal
Cidade de São Paulo R$ 24 o metro quadrado
Barueri R$ 25 (mas o IPTU é menor que em São Paulo)
Guarulhos R$ 24
Campinas R$ 22
Jundiaí R$ 18
Vale do Paraíba R$ 15
Média do interior R$ 21,8



As características de um condomínio logístico também importam muito para quem tem horror ao risco de vacância. Imóveis multiuso e modulares costumam ser os mais interessantes porque aumentam o universo de potenciais inquilinos e servem tanto ao varejo quanto à indústria. A divisão modular permite locá-lo para várias empresas e diversificar o risco de inadimplência. Cada módulo costuma ter cerca de 1.000 metros quadrados e ser facilmente reunido a outro ou adaptável.

Nesse caso, o compartilhamento dos custos do condomínio entre vários inquilinos costuma agradar as empresas. Outras características que costumam ser buscadas pelos inquilinos e que distinguem um galpão de alto padrão dos demais são uma boa área de pátio para estacionamento e manobra de caminhões, pé direito acima de 10 metros, grande distância entre pilares, presença de várias docas para carga e descarga, escritórios anexos, restaurante para funcionários, ambulatório e sistema de segurança eficiente.

Localização

Como em qualquer investimento imobiliário, a localização dos empreendimentos é um fator determinante para o sucesso do negócio. Em São Paulo, optar por um fundo que tenha imóveis localizados em boas rodovias a no máximo 70 km da capital é uma boa aposta. “Esses imóveis correm risco menor de vacância, mesmo que haja uma virada na economia”, diz Montandon , do CBRE Group.

As cidades que se tornaram verdadeiros polos logísticos nos últimos anos foram Barueri, Jundiaí, Cajamar e Sorocaba, que estão às margens de excelentes rodovias como a Bandeirantes, a Anhanguera e a Castelo Branco. De certa forma, a inauguração do Rodoanel tende a descentralizar a presença dos galpões, já que o deslocamento entre as rodovias ficou muito mais fácil. Já começam a surgir, por exemplo, os primeiros condomínios logísticos nas margens da rodovia Régis Bittencourt, que liga São Paulo a Curitiba. Veja abaixo quanto custam em média os aluguéis de galpões em cada região:

Região Valor do aluguel mensal
Cidade de São Paulo R$ 24 o metro quadrado
Barueri R$ 25 (mas o IPTU é menor que em São Paulo)
Guarulhos R$ 24
Campinas R$ 22
Jundiaí R$ 18
Vale do Paraíba R$ 15
Média do interior R$ 21,8


Há ainda duas regiões que são vistas com enorme potencial futuro. Devido à proximidade ao porto de Santos e inauguração do trecho sul do Rodoanel, a região do ABCD tende a se destacar nesse segmento nos próximos anos. O mesmo deve acontecer na via Dutra, que liga São Paulo ao Rio de Janeiro. Hoje, a maioria dos galpões da rodovia está instalada em Guarulhos devido à proximidade ao aeroporto de Cumbica.

Mas há centenas de outras grandes empresas para quem é interessante se instalar entre o Rio e São Paulo e que não encontram boas opções de imóveis. O que afasta os investidores dessa região é a demora na inauguração do trecho norte do Rodoanel, o acesso sempre congestionado à cidade de São Paulo pela via Dutra e a dificuldade em obter licenças para esse tipo de projeto em alguns municípios cortados pela rodovia.

Já no Rio de Janeiro, o mercado de galpões ainda engatinha. A maioria das empresas usa antigos imóveis dentro da cidade, que foram reformados para uma finalidade específica. Isso também era bem comum até a década de 1990 na cidade de São Paulo. A tendência, entretanto, é que os galpões comecem a se mudar gradualmente para cidades próximas tanto por fatores logísticos quanto devido aos custos mais baixos e economia de tempo de deslocamento.

No Rio, os principais projetos estão concentrados na cidade de Queimados, que fica a cerca de 30 km da capital e oferece incentivos fiscais para as empresas que ali se instalarem. Outro grande impulso à descentralização dos galpões será a inauguração do primeiro trecho do Arco Metropolitano a partir de 2013. A obra deve facilitar a troca de rodovias nas proximidades do Rio de Janeiro da mesma forma que o Rodoanel em São Paulo. “Todas as cidades cortadas pelo arco devem ser beneficiadas”, diz Montandon , do CBRE Group.

No futuro mais distante, a onda de condomínios logísticos também pode alcançar polos regionais, como Brasília, Recife e cidades portuárias importantes. Para quem planeja entrar nesse negócio agora, entretanto, aqui vai um alerta. Nos últimos cinco anos, os aluguéis desse tipo de imóveis subiram 20% ao ano e agora já estão em patamares que podem ser considerados elevados. “Eu não esperaria um reajuste tão acentuado dos aluguéis nos próximos cinco ou dez anos”, diz Simone, da Herzog.(Exame)

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Aluguel: inquilino é responsável pela conservação do imóvel

SÃO PAULO – O aluguel de imóveis é uma boa opção tanto para o locador, que obtém uma renda extra e não o imóvel ficar vazio, quanto para o locatário, que pode contar com a flexibilidade para escolher o local de moradia temporária e não precisa de um alto investimento, comparado ao custo de comprar um imóvel.
No entanto, os inquilinos precisam cumprir com os seus direitos e deveres, que estão mencionados no contrato, para não ter problemas na hora devolver o imóvel.
Segundo a Primar Administradora de Bens, ao pagar o aluguel, o locatário tem o direito de utilizar o imóvel para sua moradia ou comércio, conforme combinado em contrato, mas também tem o dever de zelar pela sua conservação. “Pinturas, furos, aberturas de paredes, colocação de grades, alarme, poda de árvores e qualquer outra alteração devem ser autorizadas pelo locador. Caso contrário, o inquilino está sujeito a receber multas e as punições previstas no contrato”, explica o advogado imobiliário e diretor de condomínios da Primar, Carlos Samuel de Oliveira Freitas.
Responsabilidades
Os reparos no imóvel podem ser de responsabilidade tanto do locador quanto do inquilino. São de responsabilidade do proprietário do imóvel problemas na rede elétrica, hidráulica, esgoto, telhados, vícios ocultos e imperfeições pré-existentes.
Já problemas causados por desgastes provenientes do uso, como lâmpadas queimadas, vazamentos em torneiras, manchas na pintura ou furos em azulejos para colocação de armários, são de responsabilidade do inquilino.
“O inquilino é responsável por todos os danos causados ao imóvel durante a locação, por isso, terá que consertar tudo antes de entregar o imóvel”, explica Freitas.
IPTU
Já sabemos que os reparos provenientes de desgastes são de responsabilidade do inquilino, e a manutenção do imóvel é de responsabilidade do proprietário, mas o IPTU (Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana) fica por conta de quem?
Segundo Freitas, não há problema nenhum do proprietário solicitar, em contrato, que o inquilino pague o imposto do imóvel, uma vez que será ele o beneficiário.
“O proprietário pode solicitar o reembolso do imposto, afinal, quem se beneficiará com os investimentos feitos com imposto é o próprio inquilino, seja em melhoria da iluminação da rua ou investimentos feitos naquele bairro que são provenientes dos impostos”

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Brasileiros terão crédito de R$ 160 bilhões para casa própria em 2012

A arquiteta Andressa Batista Arantes, de 24 anos, comemora a aquisição do seu primeiro apartamento (Daniel Ferreira/CB/D.A Press)Nem a crise econômica mundial, que cada vez mais se aproxima do Brasil, nem a forte valorização dos imóveis nos últimos três anos vão segurar o mercado imobiliário em 2012. Os brasileiros que pretendem adquirir sua casa própria ou mesmo trocar de imóvel para um maior e mais confortável não terão problemas por falta de crédito. As projeções são de que, somadas todas as linhas disponíveis no mercado, serão disponibilizados cerca de R$ 160 bilhões para aquisição de imóveis prontos, construção e reforma — um recorde. O valor é 23% maior que o aplicado até o fim deste ano, de quase R$ 130 bilhões.

Essa dinheirama deverá financiar cerca de 1,6 milhão de unidades no ano que vem em todo o país, conforme estimativas da Câmara Brasileira da Construção Civil (Cbic) e da Caixa Econômica Federal, que é responsável por 75% desse mercado. A maioria, R$ 100 bilhões, beneficiará a classe média — consumidores ou famílias com renda a partir de R$ 5 mil — e os recursos virão dos depósitos da caderneta de poupança.

Outros R$ 60 bilhões são do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e de outras fontes, como o Fundo de Arrendamento Residencial (FAR) e Fundo de Desenvolvimento Social (FDS), com recursos orçamentários da União. Os clientes dessas linhas de crédito, administradas pela Caixa, são os trabalhadores com renda familiar de até R$ 5,4 mil. Desse total, 72% vão para a nova classe C — famílias com renda até R$ 4,6 mil, conforme classificação da Fundação Getulio Vargas, utilizada pelo governo federal.

Só a Caixa estima emprestar, em 2012, quase R$ 100 bilhões, incluindo R$ 38 bilhões da poupança destinados à classe média, para financiar 1 milhão de moradias, 15% mais que neste ano. “É um crescimento bastante robusto, considerando a carteira da instituição, de 75% do mercado”, afirma o vice-presidente de Governo da Caixa, José Urbano Duarte.

Com um cenário desses de crédito farto, o consumidor que apostar em queda dos preços pode se decepcionar e não conseguir comprar depois o imóvel pretendido no orçamento programado. Neste ano, houve redução de preços em algumas cidades brasileiras, depois de um período de três anos de valorização expressiva, de mais de 100% em muitos casos. Mas a alta continuou, ainda que em ritmo menor, em localidades como Distrito Federal e Rio de Janeiro, apontam pesquisas da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), da Universidade de São Paulo.

Jovens

Os brasileiros também têm procurado comprar seu primeiro imóvel cada vez mais cedo, até os 35 anos, conforme os dados da Caixa, líder no segmento. Em 2000, essa parcela mais jovem da população representava 51% do total que tomou empréstimo para a casa própria. Em 2011, a faixa dos consumidores até 35 anos passou a abocanhar 57,3% do volume financiado. Em 2010, ano de maior crescimento do setor, eles ficaram com 59,2% de todo o crédito imobiliário.

Aos 24 anos, a arquiteta Andressa Batista Arantes já garantiu o seu primeiro apartamento. Ela comprou o imóvel ainda na planta, em Águas Claras, e pretende pagá-lo em 12 anos e meio. “Assinei o contrato de promessa de compra e venda há duas semanas e estou muito feliz. Agora, tenho um lugar que é meu”, comemora. E não vai ser o único: “Pretendo comprar outros. Espero que esse seja apenas o primeiro”.

O presidente da Cbic, Paulo Simão, afirma que o crédito disponível — recursos da poupança e do FGTS — não é afetado diretamente pela crise e que a alta demanda reprimida manterá as vendas aquecidas. Para ele, por mais dificuldades que possam assolar a economia, há clientela para comprar. “O que tem de ser feito é adequar o produto ao bolso do consumidor. Estou falando de preços, condições de financiamento e perfil das unidades ofertadas”, afirma. O vice-presidente de Governo da Caixa concorda: “Não há, nesse setor, as incertezas da economia mundial, até porque imóveis continuam sendo um dos melhores investimentos”.

O presidente da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), Luiz França, reforça o fato de existir espaço grande para ampliar o crédito imobiliário, pois o volume concedido atualmente é um dos mais baixos do mundo. O Brasil aplica apenas 5,1% do Produto Interno Bruto no setor. França estima que os financiamentos possam atingir 11% do PIB em 2014.

Otimismo

Depois de um ano em que o mercado de venda de imóveis na planta desacelerou no Distrito Federal, devido à demora do Governo do Distrito Federal em liberar os projetos, o vice-presidente da Associação de Dirigentes do Mercado Imobiliário do DF (Ademi-DF), Rodrigo Nogueira, está animado com 2012. Para ele, a queda da taxa básica de juros (Selic) beneficia diretamente o setor. “Se a Selic cair em maior velocidade, como sinaliza a presidente Dilma Rousseff, poderá gerar um novo boom imobiliário”, diz.

Nogueira, que também é sócio da construtora JC Gontijo, afirma que a preocupação é com a velocidade de aprovação dos projetos pelo GDF. “Isso pode implicar diretamente nos lançamentos dos próximos anos, especificamente de 2012”, alerta. A JC Contijo tem 12 empreendimentos em vias de lançamento.

O diretor nacional de Negócio da João Fortes Engenharia, Luiz Henrique Rimes, destaca que a burocracia do GDF para aprovação dos projetos pode encarecer os imóveis. A João Fortes tem seis projetos em andamento, quase todos residenciais, voltados para as classes A e B, à espera das liberações. “O preço alto dos imóveis não é só pela demanda maior que a oferta, mas pelos custos que as empresas têm. Há o encargo financeiro pela compra de um terreno para um empreendimento que não consegui lançar no prazo previsto. Vai para o preço de venda”, esclarece Rimes.

A diretora de empreendimentos da construtora Villela e Carvalho, Ludmila Pires Fernandes, também está otimista para o ano que vem. “Temos vários produtos engatilhados. Alguns já gostaríamos de ter lançado, mas não foi possível pelos entraves burocráticos.”

Em vez de fiador, seguro-fiança é garantia em contrato de locação

São Paulo - Encontrar um fiador continua sendo a primeira opção de quem vai alugar um imóvel. Mas, cada vez mais, outras garantias vêm sendo usadas por inquilinos e proprietários nos contratos de locação. Entre as opções, o seguro-fiança é o instrumento de garantia que mais cresce no mercado imobiliário.
Seguro-fianã é boa opção para quem não tem fiador na hora de alugar um imóvel (Foto: Divulgação)
Seguro-fiançã é boa opção para quem não tem fiador na hora de alugar um imóvel (Foto: Divulgação)
De acordo com a Superintendência de Seguros Privados (Susep), a arrecadação de prêmios de seguros-fiança aumentou 29,4% em 2009 – de R$ 11,9 milhões em janeiro, para R$ 15,4 milhões em dezembro. Dados do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP) mostram que, em março, um em cada cinco contratos de aluguel tinham o seguro-fiança como garantia. Na carteira da Apsa, uma das maiores imobiliárias do Rio, esse percentual chega a 30%.
A resistência das pessoas em assumir o compromisso de ser fiador, o constrangimento que fazer esse tipo de pedido causa ao futuro inquilino e, principalmente, o fato de muitos proprietários já não verem os fiadores como opção segura são fatores apontados pelos especialistas para o aumento da procura pelo seguro-fiança. Muitas imobiliárias já trabalham em parceria com seguradoras.
SEGURO - O Porto Seguro Aluguel, produto da Porto Seguro, garante até 30 meses de aluguel, além de outros encargos (como condomínio, IPTU e até despesas de água, luz e gás). Luiz Carlos Henrique, gerente de produto da Porto Seguro, explica que o seguro é “modular”, ou seja, o valor do prêmio varia em função das coberturas incluídas na apólice. A cobertura de aluguel, condomínio e IPTU sai mais barata do que se houver a inclusão de encargos como luz, ou multa rescisória.
“Os valores também variam por região. Temos um cálculo atuarial sobre áreas em que há risco maior de inadimplência. O Rio, que é grande usuário do seguro-fiança, não é região das mais caras"

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Imóveis: menor alta em 15 meses

Preço do metro quadrado nas principais capitais brasileiras avançou 1,4% em novembro, segundo o índice FipeZAP

Imóveis na região do Jardins, São Paulo


Imóveis em São Paulo: preços apenas moderados quando comparados aos do Rio
Os preços dos imóveis deram um sinal mais firme de acomodação em novembro. A valorização registrada no mês passado foi de 1,4%, segundo o índice FipeZAP, que compila os valores dos imóveis colocados à venda no site ZAP em sete capitais brasileiras. Apesar de ainda bastante forte, o percentual de 1,4% é o menor dos últimos 15 meses. Também foi o sétimo mês seguido de desaceleração no ritmo de alta.
No ano, entretanto, o índice já acumula valorização de 25% e se mantém entre os maiores do mundo. Os imóveis têm subido bem acima da inflação principalmente no Rio de Janeiro, Recife, São Paulo e Belo Horizonte, como mostra a tabela abaixo:
Cidades Preço médio do metro quadrado Valorização em novembro Alta em 2011
São Paulo R$ 5.984 1,70% 25,20%
Rio de Janeiro R$ 7.341 1,70% 33,40%
Belo Horizonte R$ 4.584 1,40% 21,80%
Distrito Federal R$ 7.936 0,30% 14,30%
Salvador R$ 3.514 0,80% 6%
Fortaleza R$ 4.253 0,50% 17,80%
Recife R$ 4.559 1% 27,70%
Média nacional R$ 6.120 1,40% 25%
Há diversas explicações para o aumento do preço dos imóveis no Brasil. O crescimento da economia e da renda, o maior oferta de crédito, os incentivos do governo à habitação popular e a confiança dos consumidores têm levado centenas de milhares de brasileiros a comprar ou trocar de residência todos os anos.
O preço médio mais alto do Brasil ainda pode ser encontrado no Distrito Federal: 7.936 reais. Se o Rio de Janeiro continuar a liderar a valorização imobiliária brasileira, no entanto, a tendência é de que a cidade alcance o maior preço médio do Brasil já em 2012. Além do bom momento da economia, a valorização no Rio reflete os investimentos públicos para a Copa e as Olimpíadas, os esforços do governo em pacificar favelas, a oferta inferior à demanda e os pesados investimentos no setor de petróleo e gás.
Considerando apenas a zona sul, o Rio de Janeiro já seria o lugar mais caro do Brasil para comprar uma residência. Os imóveis no Leblon ultrapassaram pela primeira vez em novembro os 17.000 reais por metro quadrado – a média foi exatamente de 17.046 reais. Já em Ipanema, o segundo bairro mais caro do Brasil, o valor médio pedido pelos vendedores alcançou 15.012 reais.
Em São Paulo, os preços médios são bem inferiores aos do Rio de Janeiro e Distrito Federal. Mesmo no Ibirapuera e na Vila Nova Conceição, bairros que hoje podem ser considerados os mais nobres da cidade, o metro quadrado custa em média 9.354 reais – algo ainda modesto diante dos preços cariocas.(Fonte-FipeZap/Exame/Imovelweb)

Avaliação de imóveis terá novas regras em 2012


Novo critério determina que corretores de imóveis precisam de curso formalmente aceito para serem incluídos no Cadastro Nacional de Avaliadores Imobiliários a partir do próximo ano




A partir de 2012, só poderão se cadastrar no Cadastro Nacional de Avaliadores Imobiliários (CNAI) os profissionais cujo curso de Avaliação de Imóveis tenha sido feito em uma instituição de ensino que já ministre a formação de Técnico em Transações Imobiliária com aprovação de um Conselho Estadual de Educação e reconhecido pelo Conselho Federal de Corretores de Imóveis (Cofeci).

A nova regulamentação não altera a situação dos profissionais já cadastrados. No entanto, os 72 cursos de avaliação de imóveis atualmente em funcionamento no Brasil só poderão funcionar com a autorização atual até o fim do ano. Para dar continuidade às atividades em 2012, deverão se submeter às regras definidas pelo Cofeci, que é a autarquia federal incumbida de regulamentar e fiscalizar o mercado imobiliário e a profissão de corretores de imóveis.

“Esta é uma medida que visa assegurar a qualidade dos cursos oferecidos aos profissionais do setor e, por conseqüência, o bom nível dos trabalhos de avaliação realizados por corretores de imóveis”, explica o presidente do Cofeci, João Teodoro da Silva.

Tradicionalmente, o corretor de imóveis tem a atribuição legal de opinar em relação à comercialização imobiliária. Recentemente, o Cofeci decidiu buscar a regulamentação do nicho de mercado para os profissionais da área. A partir da iniciativa da entidade, há cerca de cinco anos a categoria pode emitir pareceres técnicos de avaliação mercadológica.

O novo ato normativo prevê que todas as Portarias-Cofeci de reconhecimento de cursos de avaliação expedidas antes de 14 de setembro de 2011 serão revogadas em 31 de dezembro próximo. A partir de então, somente as instituições de ensino que atendam os quesitos da nova regulamentação poderão submeter ao reconhecimento do Cofeci um curso de avaliação imobiliária.

“A medida tomada pelo Cofeci não só assegurou um novo segmento para o corretor, com mais uma alternativa de renda, como definiu padrão de qualidade e um modelo de trabalho para as avaliações imobiliárias feitas pela nossa categoria. Este é um segmento promissor, que já conta com aproximadamente 8 mil corretores inscritos no CNAI, em todo o Brasil”, conta o vice-presidente de Avaliação Imobiliária do Cofeci, Luiz Barcellos.

Os pareceres emitidos por corretores trazem informações como a descrição completa do imóvel e entorno, e dados para aplicação de método comparativo para a determinação precisa do valor de mercado da unidade. As avaliações podem ser utilizadas para o estabelecimento de garantias bancárias, atualização de plantas de valores genéricos dos municípios, processos judiciais de desapropriação, partilha de bens, inventários e heranças, revisionais de locação, penhoras e execuções de bens, entre outras circunstâncias.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Regras de convivência, uma tarefa nem tão fácil assim

A muçulmana Novi Maulida e a carioca Lidice Cabral, dividem o mesmo arrmário de roupa (Foto: Gustavo Stephan/Agência O Globo)
Dividir o mesmo teto com amigos é bom, mas pode não ser uma tarefa tão fácil. Fato é que, para a casa não cair, é preciso criar algumas regras de convivência. Há aqueles que as põem por escrito. Outros preferem deixar que a rotina doméstica diga como tudo deve ser feito. De toda forma, vale saber que, para dar certo, é preciso ter muito jogo de cintura. No Rio, há uma série de estudantes universitários e forasteiros que vivem essa situação, seja pelo gosto em dividir um apê ou por não terem condições financeiras de embarcar numa vida solo.
A mestranda Lídice Cabral Nascimento foi morar numa república em Niterói para ficar mais próxima da Universidade Federal Fluminense – UFF, onde está fazendo uma pós em Geografia. O apartamento possui três quartos e é dividido por nada menos que cinco estudantes, todas mulheres. E dá certo?
“Já moro aqui há três anos e, com a experiência de dividir o apartamento com diferentes tipos de pessoas, foi possível criar algumas regras que acho que são válidas para que todos possam conviver em harmonia. Acho que é importante estabelecer a rotina da casa logo de cara e se adaptar também ao estilo de vida das pessoas que estão morando com você”, explica a estudante, que divide quarto com uma muçulmana há poucos meses.
O aluguel da casa custa R$ 1.500 com as taxas. Quem mora no quarto maior, ou sozinha, paga mais caro. Lídice e Nozi Maulida,que residem no dormitório menor, pagam, cada uma, R$ 300. As duas convivem bem apesar das diferenças culturais.
“Eu sou a única das moradoras que fala inglês fluente, então sirvo de mediadora entre a minha roommate e as demais. Nossa convivência é boa dentro da casa e não tenho problemas com o fato de ela acordar todos os dias às 4h30m da manhã para rezar. É tão silenciosa que nem percebo, continuo dormindo que nem pedra”, diverte-se.
O quarto de tamanho médio é dividido pelas mestrandas Luiza Alencastro e Melina Santos, ambas da UFF. Cada uma paga R$ 330. No maior dormitório da república fica a graduanda Luiza Pimenta.
A república não tem faxineira. Todas as residentes dão R$ 10 por mês para a compra de materiais de limpeza que, via de regra, deve ser feita por todas. Esse ponto é nevrálgico, pois difícil é assumir a responsabilidade por alguma bagunça.
Na dispensa, cada uma tem a sua prateleira, pois a comida não é dividida. Mas, de vez em quando, o grupo reúne amigos para um jantar.
“Nesses dias, pegamos coisas das prateleiras de todas. Mas não podemos fazer muitas festas, pois já recebemos duas multas por causa do barulho”, confessa LÍdice.
Os amigos Rafael Gusmão e Anderson Correia, um de Volta Redonda e outro de Juiz de Fora, ainda não receberam multas no apê alugado recentemente. Mas adoram fazer reuniões. Principalmente, para ler os textos de teatro que escrevem.
“Quando fui morar com o Anderson, nem pensávamos que um dia iríamos desenvolver um projeto juntos. Ter um laço produtivo ou criativo com quem você mora, pode ser divertido”, explica Rafael, que trabalha como designer e apresenta peças de stand-up comedy.
A dupla, ao contrário das meninas da republica niteroiense, não faz divisão de comida. Cada um faz a sua própria compra, mas na geladeira e no armário não há separação. Até agora, passados dois anos, a comunhão gastronômica não trouxe problemas para a convivência dos dois. Mas, a pasta de dente destampada já foi motivo de estresse.
“Por mais que sejam detalhes, há algumas coisas que podem incomodar. Procuramos então sempre ter cuidado para que uma pasta de dente não acabe em discussão. Ou seja, é melhor lembrar de fechá-la”, diz, aos risos, o produtor cultural Anderson Correia, que é considerado como o mais organizado.
Festinhas no quarto são permitidas, mas com o volume baixo, principalmente no meio da semana. No mais, vale o acordo de ter respeito ao espaço do outro e de manter a casa organizada, mesmo que tenham faxineira apenas de 10 em 10 dias.
“Nós somos muito parecidos, temos os mesmo amigos e isso facilita bastante a convivência, embora em alguns casos possa contar pontos contra. O que vale, é ter bom senso e jogo de cintura para manter a paz”, finaliza o produtor.
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