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terça-feira, 31 de janeiro de 2012

cidades próximas de SP se tornam alternativas para morar e investir

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A falta de terrenos na cidade de São Paulo tem feito com que os poucos lotes que ainda estão disponíveis sejam disputados pelas construtoras e incorporadoras, que, ao pagarem mais caro, também cobram valores mais altos pelos imóveis que constroem.

“Existe uma grande escassez de terrenos, principalmente nas regiões mais valorizadas da cidade, como Ibirapuera, Itaim Bibi e Vila Nova Conceição. Isso acaba refletindo no valor do metro quadrado do apartamento”, afirma o diretor de Incorporações da Sispar Empreendimentos Imobiliários, Paulo Roberto Funari.

De acordo com o executivo, na maioria desses locais, é preciso desocupar cerca de 5 a 6 residências para conseguir um terreno de proporções suficientes para construir um empreendimento. “Ficou cada vez mais caro e difícil conseguir essas áreas”, afirma Funari.

Para se ter uma ideia, um levantamento da Geoimovel mostrou que, em Moema, o metro quadrado custou, em média, R$ 14.886 no ano passado. No Itaim Bibi, o preço por metro quadrado foi de R$ 10.737 e no Alto de Pinheiros, de R$ 10.153.

Com os valores nas alturas, o executivo aponta que comprar imóveis em cidades localizadas próximas da capital e que contam com boas perspectivas de crescimento pode ser uma alternativa interessante.

Raposo Tavares e Castelo Branco

Para Funari, as cidades da Grande SP que possuem mais potencial de crescimento estão localizadas ao longo das rodovias Castelo Branco e Raposo Tavares, ambas na região oeste de São Paulo. “Cotia (que abriga a região da Granja Viana) e Barueri são cidades que têm crescido muito, e isso gera consumo e qualidade de vida. São locais com boa infraestrutura, com rede hospitalar e escolas de boa qualidade, além de terem muitos imóveis comerciais”, diz o executivo.

Segundo ele, essas cidades se tornaram boas alternativas tanto para morar quanto para investir. “Não tenho dúvidas de que investir nessas regiões é uma boa opção. Como a tendência é que essas cidades cresçam cada vez mais, quem comprar antes vai conseguir um preço mais barato”, acredita o executivo.

O diretor da Sispar aponta que um lançamento em Barueri chega a custar a metade do que se cobra por um apartamento localizado, por exemplo, no bairro da Vila Leopoldina, na região oeste da capital paulista. “É muito mais barato e o potencial de crescimento é bastante grande”, afirma.

Investimento

O vice-presidente do Ibef (Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças) e autor do Livro “Imóveis, Seu Guia Para Fazer da Compra e Venda um Grande Negócio”, Luiz Calado, ressalta que, principalmente para aqueles que pretendem comprar um imóvel com objetivo de investimento, olhar para regiões mais afastadas e com preços ainda abaixo do valor médio cobrado pelo mercado, pode ser uma boa alternativa.

“A pessoa tem que olhar para onde a cidade está avançando e comprar baseada nisso”, afirma Calado. “Se eu sou um investidor, eu preciso ter uma visão mais abrangente e observar as regiões que estão crescendo e que me trazem boas perspectivas”, conclui o especialista.

Por: Diego Lazzaris Borges

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

IGP-M volta a subir após deflação em dezembro

O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) subiu 0,25%, em janeiro, divulgou a Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta segunda-feira. Em dezembro, o índice havia tido queda de 0,12%. Em 12 meses, o IGP-M elevou-se 4,53%. O IGP-M é calculado com base nos preços coletados entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.


Dos indicadores que compõem o IGP-M, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) apresentou variação de -0,07%; o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) teve alta de 0,97%; e o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou, em janeiro, variação de 0,67%.


O IGP-M é o índice mais comum utilizado para determinar os reajustes de contratos de aluguel

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Imóveis: Financiamentos com recursos da poupança bate recorde

O volume dos financiamentos para aquisição e construção de imóveis cresceu 42% em 2011, na comparação com o ano anterior.

De acordo com a Abecip, o valor dos empréstimos ficou em R$ 79,9 bilhões, R$ 23,7 bilhões a mais do que em 2010, novo recorde histórico no SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo).

Vale ressaltar que o saldo das cadernetas de poupança no SBPE cresceu mais de R$ 30 bilhões em 2011, passando de R$ 299,9 bilhões em dezembro de 2010 para R$ 330,6 bilhões em dezembro de 2011.

UnidadesO levantamento da Abecip revela ainda que, em 2011, foram financiadas 493 mil unidades, com crescimento de 17% em relação a 2010.

Considerando apenas o último mês de 2011, foram financiados 49,6 mil imóveis, resultado 14% maior que em dezembro de 2010. O montante constitui um novo recorde mensal. (Informação:Infomoney)

Crédito imobiliário cresce 42% em 2011 ante 2010

O crédito imobiliário cresceu 42% no ano passado na comparação com 2010. O volume de imóveis financiados bateu recorde e somou R$ 79,9 bilhões em 2011, de acordo com dados divulgados pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) nesta quinta-feira.

Em número de imóveis, foram financiados 493 mil unidades em 2011 expansão de 17% ante 2010.

Na comparação com 2010, foram liberados R$ 23,7 bilhões a mais em financiamento no ano passado. Os dados da Abecip consideram apenas os financiamentos com recursos da caderneta de poupança.

Em 2011, a captação líquida da poupança somou R$ 9,4 bilhões. O saldo da caderneta cresceu mais de R$ 30 bilhões entre janeiro e dezembro e encerrou o ano passado em R$ 330,6 bilhões.(AgrnciaEstado)

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Investidores trocam bolsa por mercado imobiliário brasileiro

O ano de 2011 foi de pânico em todos os mercados. Quem investe em ações, salvo algumas exceções, enfrentou um difícil período de instabilidades e perdas, principalmente por conta das crises de Estados Unidos e Europa. Como resultado, mais de 27 mil investidores deixaram a Bovespa em busca de opções mais seguras de aplicação.

Para este ano, os investimentos em renda fixa estarão em alta. Com eles, deve aumentar também a busca por imóveis comerciais e residenciais como forma de aplicação, já que a valorização desses bens seguirá forte tendência de crescimento até 2015, segundo analistas de mercado.

Na opinião de Alexandre Lafer Frankel, diretor-presidente da Vitacon, comprar um imóvel – mesmo que seja para morar – é uma opção de investimento. “As pessoas não querem mais arriscar”, afirma. Segundo ele, em 2012 o investidor deverá optar por apartamentos residenciais compactos, já que o preço para a compra é bastante atrativo frente à renda que será obtida com o aluguel, “os imóveis precisam oferecer qualidade de vida – agregando mobilidade urbana, tecnologia, praticidade, o que torna os empreendimentos com alta liquidez e excelente rentabilidade” - ressalta ele.

Construtoras redesenham imóveis para idosos

O envelhecimento da população brasileira também está movendo o mercado imobiliário. Se já tinham, em sua grande maioria, opções de lazer para crianças e adolescentes, os novos condomínios agora trazem facilidades para idosos.

Foi a partir de uma experiência na Pompeia (zona oeste de São Paulo), em 2008, que a Tecnisa desenvolveu o projeto para maduros. A intenção era fazer um condomínio para recém-casados com filhos, mas as vendas revelaram outro tipo de proprietário.

"Vimos que 15% dos compradores eram pessoas acima de 55 anos. A gente está acompanhando essa curva do envelhecimento da população, e é bom perceber que não é uma fatia irrelevante do mercado", diz a gerente de projetos Patrícia Valadares.

Para direcionar a construção dos novos condomínios, a empresa reuniu geriatras, gerontólogos (estudiosos da vida idosa) e arquitetos especializados em design universal, que faz adaptações para garantir o acesso para pessoas com limitações de movimento em imóveis residenciais e comerciais.

ADAPTAÇÕES

As alterações acontecem dentro dos apartamentos e nas áreas comuns. A instalação de interruptores mais baixos e tomadas mais altas para diminuir o esforço para abaixar e levantar, o uso de maçanetas em forma reta a fim de facilitar a abertura das portas e a instalação de pisos de mesmo padrão para evitar desníveis são algumas das mudanças nas casas.

Nos espaços do condomínio, escadas das piscinas foram construídas em alvenaria e com corrimão, barras de alumínio identificam vidros dos prédios e até o porcelanato, usado por diversos lançamentos, foi substituído. "Trocamos por madeira porque a luz reflete no chão e pode provocar acidentes para quem tem problemas de visão", diz Valadares.

Com o conceito, foram lançados dez prédios no bairro do Marapé, em Santos (a 72 km de São Paulo), conhecida por ser a escolha de muitos aposentados para morar após sair do trabalho. No total, são 1.627 apartamentos: oito blocos com dois quartos, previstos para junho de 2012, e outros dois, de três dormitórios, que devem ficar prontos um ano depois.

Uma das compradoras é a secretária executiva paulistana Elizabeth Henriques, 59, que se mudará para o litoral com o marido quando se aposentar, em busca de melhor qualidade de vida. "Esperamos ter vizinhos de nossa faixa etária ou próxima a ela. Gostamos de prosa e mais ainda com pessoas da mesma idade."

ACESSO PARA TODOS

Em Suzano e Mogi das Cruzes (Grande São Paulo), pesquisas de mercado levaram a J. Bianchi a construir dois prédios com design universal em 2008. Com a venda dos edifícios, foram lançados outros dois condomínios nessas cidades em 2010. Segundo a construtora, já foram negociados 70% dos apartamentos.

"Percebemos uma aceitação maior entre proprietários mais velhos e tivemos até cadeirantes que escolheram o prédio por causa das mudanças", afirma a gerente de projetos Juliana Tartaglia.

Além das adaptações das construtoras para esse público, entidades de assistência a idosos também começaram a fazer condomínios dedicados a essa faixa etária.

Em São José do Rio Preto (a 438 km de São Paulo), a Agerip (Associação Geronto-Geriátrica de São José do Rio Preto) criou um condomínio destinado para maiores de 55 anos. A entidade oferece o terreno e a ajuda de um engenheiro especializado em casas para idosos para a construção de chalés, que é pago pelo comprador.

De acordo com a entidade, um título, que custa R$ 15 mil, dá direito ao usufruto eterno da casa. A associação afirma que 40 residências já têm moradores, enquanto outras 63 serão construídas.

CUIDADOS NA SUA CASA

Banheiros: a instalação de barras de apoio nos vasos sanitários e no box facilitam a locomoção. Para ajudar a abrir as torneiras e o chuveiro, o uso de registros monocomando ou com pontas, que podem girar para águas quente, morna e fria, ameniza a abertura do chuveiro.

Maçanetas: os modelos de alavanca devem ser adotados, pois são mais fáceis de abrir que os redondos (ou bolinha), que precisam de mais força nas mãos para girar.

Pisos: evite os pisos brilhantes e que precisam ser encerados. Além do risco de escorregar, a luz pode refletir no piso e dificultar a visão dos mais velhos. Prefira pisos de madeira e cerâmicas foscas. Evitar também os ressaltos entre os pisos dos cômodos.

Portas: prefira as de correr, pois exigem menos força para abrir. Os espaços de passagem também devem ser maiores, pelo menos com 80 cm de vão livre, para garantir a entrada e saída sem problemas com acompanhantes ou aparelhos como cadeira de rodas e andadores.

Interruptores e Tomadas:
os botões devem ser mais baixos que o normal, com, no máximo, 1 metro de altura, a fim de minimizar o esforço. Pelo mesmo motivo, a tomada deve ser mais alta. A regra também pode ser aplicada para descargas e registros.

Imóveis: Financiamentos com recursos da poupança bate recorde

O volume dos financiamentos para aquisição e construção de imóveis cresceu 42% em 2011, na comparação com o ano anterior.

De acordo com a Abecip, o valor dos empréstimos ficou em R$ 79,9 bilhões, R$ 23,7 bilhões a mais do que em 2010, novo recorde histórico no SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo).

Vale ressaltar que o saldo das cadernetas de poupança no SBPE cresceu mais de R$ 30 bilhões em 2011, passando de R$ 299,9 bilhões em dezembro de 2010 para R$ 330,6 bilhões em dezembro de 2011.

UnidadesO levantamento da Abecip revela ainda que, em 2011, foram financiadas 493 mil unidades, com crescimento de 17% em relação a 2010.

Considerando apenas o último mês de 2011, foram financiados 49,6 mil imóveis, resultado 14% maior que em dezembro de 2010. O montante constitui um novo recorde mensal. (Informação:Infomoney)

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Imóvel financiado é oportunidade para lucrar

Além de quitar o débito com a instituição financeira, ao vender o imóvel, o proprietário geralmente consegue saldo positivo, em vista da valorização do bem

Dione Tavares, advogada, ao lado do marido, o gerente de projetos Túlio Tadeu Cabral (Eduardo de Almeida/RA studio)
Dione Tavares, advogada, ao lado do marido, o gerente de projetos Túlio Tadeu Cabral

Não é de hoje que os imóveis são o investimento preferido de muita gente, ainda mais com o acesso ao crédito imobiliário em alta. Com a demanda aquecida, uma alternativa ficou ainda mais viável: vender o imóvel financiado antes de ser completamente quitado. Para quem está no meio do financiamento e, por algum motivo, deseja vendê-lo, é possível realizar a transação.

O negócio representa grandes vantagens para o proprietário. Ao vender um imóvel com processo de financiamento em vigor, ele imediatamente quita o débito junto ao agente financeiro e tem a possibilidade de auferir algum lucro, de acordo com a valorização do imóvel no período da venda. Para avaliar o imóvel, a diretora da Apogeu Netimóveis, Eliane Tito Henriques, explica que são considerados três critérios: análise dos consultores, valor do metro quadrado na região e sistema de amostragem. “Feito isso, o seu valor é atualizado”, diz.

Suponha que uma pessoa compre um apartamento por R$ 150 mil, e tenha pago R$ 30 mil pelo financiamento. Nesse período, o imóvel é valorizado, passando a custar R$ 200 mil. Ao vendê-lo, o proprietário vai receber R$ 80 mil, ou seja, o valor atualizado do imóvel, menos o saldo devedor, de R$ 120 mil.

 (Gladyston Rodrigues/AOCUBO FILMES - 23/07/2008 )


Para o advogado e diretor da Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação (ABMH), Lúcio Delfino, a única diferença desse tipo de negócio em relação a outros que envolvem imóveis é que o vendedor se livra da dívida do financiamento no momento da venda, deixando de pagar os juros dali em diante. Já para o presidente da Câmara do Mercado Imobiliário e Sindicato das Empresas do Mercado Imobiliário de Minas Gerais (CMI/Secovi-MG), Ariano Cavalcanti de Paula, o vendedor quita sua dívida e ainda apura lucro. “Assim, ele pode financiar outro imóvel com patamar mais baixo de juros.”

NEGOCIAÇÃO
Há dois tipos de negociação, que são a venda de imóveis prontos (avulsos) e a de imóveis em construção. “Nos avulsos, com a venda, obrigatoriamente, o seu saldo devedor será quitado”, avalia Eliane. “Já o imóvel em construção, normalmente, quem vende é o investidor e, nesse caso, é feita uma cessão de direitos junto às construtoras, na qual o investidor cede ao comprador os direitos e obrigações assumidos por meio de contrato de promessa de compra e venda, ou seja, o saldo devedor é automaticamente repassado ao comprador.”

O gerente de projetos Túlio Taxdeu Cabral e a advogada Dioni Tavares optaram por vender seu imóvel, no Bairro Ouro Preto, Região da Pampulha, antes de quitá-lo. Apesar de não visar lucro, a necessidade resultou em um bom investimento para o casal. Com a valorização dos imóveis na região, eles puderam negociar o bem com valor muito acima do que foi comprado. “O fato de termos quitado antecipadamente o nosso primeiro financiamento facilitou a aprovação do segundo processo na Caixa, devido ao relacionamento com a instituição”, comemora a advogada.

"Para o imóvel usado, a rentabilidade vai depender da situação do mercado", diz Eliane Tito Henri, diretora da Apogeu Netimóveis


CUIDADO SEMPRE É BOM


As vantagens que o negócio apresenta não dispensam medidas preventivas no sentido de evitar transtornos relacionados a toda e qualquer transação envolvendo imóveis

Corretor de imóveis da Viva Vida, Noé Crescêncio Silvestre também optou pela venda de imóvel sem estar com o financiamento quitado. De acordo com o corretor, no caso de empreendimentos na planta, além de ser um bom investimento, que precisa de um pequeno sinal no início, pode ser usado mais tarde, caso haja necessidade, como moradia.

Nesse caso, para quem quer entrar nesse negócio como investidor, o que importa é a rentabilidade que se pode obter. De acordo com Lúcio Delfino, isso vai depender da valorização do imóvel e da taxa de juros do financiamento. “Considerando uma valorização de 20% ao ano no imóvel e uma taxa de juros de 8% ao ano + 2% da TR (índice de correção monetária utilizado nos financiamentos do SFH), ele teria um lucro de 10%. Essa rentabilidade é baseada na taxa de juros do financiamento, nas demais despesas e no fôlego do mercado imobiliário”, diz.

Noé também coloca tudo na ponta do lápis para obter uma estimativa sobre quanto pode ser a rentabilidade de quem compra um imóvel na planta e o vende antes de quitar o financiamento. No caso de um empreendimento de R$ 130 mil, ele diz que é necessário como sinal, aproximadamente, 1% do valor do imóvel, mais R$ 500 referentes à taxa de abertura de cadastro (TAC) – isso para imóveis de até R$ 150 mil. Além disso, são pagas parcelas fixas até a entrega das chaves, quando é necessário desembolsar cerca de 10% do valor do imóvel. “Quando ele estiver pronto, a lucratividade estimada será de 25% a 35%”, avalia.

Entretanto, o investidor deve levar em consideração outras despesas inerentes ao negócio, que podem comprometer, e muito, a rentabilidade final, conforme alerta Lúcio Delfino. Entre essas variáveis estão tarifas bancárias para concessão do financiamento, prêmios com o seguro habitacional obrigatório (financiamentos do SFH), além de ITBI e registro do contrato no cartório de imóveis. “Há ainda a comissão de venda ou corretagem a ser paga ao corretor de imóveis ou imobiliária que vender o bem – em torno de 6% do valor da venda –, custos com taxas condominiais e IPTU entre a entrega da unidade e a venda, e eventuais investimentos extras no imóvel, como acabamentos e armários”, acrescenta.

RENTABILIDADE
A diretora da Apogeu Netimóveis, Eliane Tito Henriques, diz que, para o imóvel usado, a rentabilidade vai depender da situação do mercado no momento da venda. “Já em se tratando de imóveis em obras, as construtoras fazem os cálculos dos custos do investimento e repassam suas tabelas de vendas.” A rentabilidade vai ser o produto do rendimento do imóvel, abatendo-se a amortização realizada, incluindo encargos, juros e correção, como acrescenta o presidente da Câmara do Mercado Imobiliário e Sindicato das Empresas do Mercado Imobiliário de Minas Gerais (CMI/Secovi-MG), Ariano Cavalcanti. Mas ele avisa que, para que a negociação seja bem-sucedida, quem adquire um imóvel com financiamento já contratado precisa tomar alguns cuidados. “Devem ser verificados, junto ao banco financiador, o saldo devedor atual, a prestação atual e a real possibilidade de validar junto ao banco o repasse do financiamento ao novo comprador.”



PALAVRA DE ESPECIALISTA
Formas de pagamento, por Lúcio Delfino - advogado e diretor da ABMH


"A venda de um imóvel com financiamento ou consórcio em andamento pode ser feita pelo proprietário/mutuário/consorciado a qualquer momento, como se o imóvel estivesse livre e desimpedido. Funciona assim: se o comprador utilizar recursos próprios, ele quita o financiamento com o banco ainda em nome do vendedor e, em seguida, – depois da baixa da hipoteca ou do registro do termo de quitação (quando alienação fiduciária) –, faz a escritura pública de compra e venda. Nessa hipótese, o mais comum é que o comprador dê como entrada o valor necessário para a quitação do financiamento e faça o pagamento do restante na outorga da escritura. Mas tudo isso é livre, pode ser pactuado da forma que as partes preferirem. Se o comprador se valer de FGTS, o financiamento do vendedor é quitado por meio dos recursos do FGTS do comprador. Nessa hipótese, não há necessidade de aguardar a baixa da hipoteca, já que o próprio contrato de compra e venda autoriza a baixa. O único desconforto, principalmente para o quem vai comprar o imóvel com recursos próprios é que terá de aguardar a baixa da hipoteca para registrar a escritura pública de compra e venda, o que pode demorar de três a quatro meses."(LugarCerto/Estaminas)

Imóveis atraem investidores estrangeiros a SP




Banco suíço seleciona empresas ligadas ao setor de construção civil no Brasil e cria cesta de ações para oferecer a clientes




Café, açúcar, minérios e, agora, apartamentos. O boom imobiliário brasileiro vira atração internacional e mobiliza bancos estrangeiros e fundos de pensão para investir em ações do setor no País. Da Suíça ao Canadá, passando pelos Estados Unidos e Reino Unido, investidores estão sendo atraídos pelos lucros da construção civil no Brasil.

Na semana que vem, o banco privado suíço Vontobel lançará um produto para investidores que queiram aplicar no Brasil. Não se trata de ações da Embraer ou de empresas de mineração e açúcar e álcool. O chamariz é o setor imobiliário. O banco selecionou ações de 12 empresas que já atuam no setor de construção no Brasil e criou uma cesta para oferecer a investidores.

"Já temos recebido telefonemas de interessados", disse ao Estado o chefe de produtos financeiros do banco, Lionel Pilloud. Segundo ele, se essa primeira experiência funcionar, o banco não descarta ampliar a oferta nos próximos meses.

A conta é simples: há ainda um déficit habitacional enorme no Brasil, a economia e os salários aumentam e as obras para a Copa do Mundo e Jogos Olímpicos estão apenas começando.

Para atrair investidores, o banco aponta que, entre 2008 e 2010, o preço de lançamentos em São Paulo dobrou. Além disso, enquanto o investimento em imóveis por habitante chega a US$ 2,6 mil nos Estados Unidos, ainda é de apenas US$ 250 no Brasil, uma indicação de que há muito espaço para crescer.

Em seu site, o banco resume a situação brasileira. "Há uma década, o Brasil era ainda um mercado emergente arriscado para investimentos. Hoje, o País tem um sistema político e financeiro saudável. Com um endividamento relativamente baixo, renda em alta, melhores condições de acesso ao crédito e um aumento da demanda por hipotecas. Ao mesmo tempo, o Brasil enfrenta um déficit de habitações", explica o banco.

Na cesta de ações oferecidas pela instituição estão as empresas de shopping centers BR Malls, Iguatemi e Multiplan, as incorporadoras Eztec e Cyrela, além da Duratex e da Gerdau, ligadas ao setor de construção.

O investidor jamais verá o apartamento ou imóvel construído. Comprará em dólares, euros ou francos suíços a ação na Bovespa, na expectativa de que o valor dessas empresas cresça nos próximos anos. Para o banco, que se aliou a outros para montar a operação, trata-se de uma aposta de médio prazo.

'Cobiçado'. Os bancos suíços não estão inventando a roda. Um recente levantamento feito pela Associação de Investidores Estrangeiros no Setor Imobiliário (Afire, na sigla em inglês) mostrou que o Brasil é o segundo lugar mais cobiçado do mundo para investidores do setor de construção, abaixo apenas dos EUA, mas àcima da China. No Reino Unido, operadores da City de Londres confirmam que têm apontado a expansão do setor imobiliário brasileiro como fator para convencer investidores a aplicar dinheiro no Brasil.

Ainda nesta semana, os dois maiores fundos de pensão do Canadá anunciaram a compra de 49% das ações do Shopping Botafogo Praia, por US$ 80 milhões. Os fundos Ivanhoe Cambridge, de Quebec, e CPP Investment Board, de Toronto, têm ampliado os investimentos em imóveis pelo mundo. Para a CPP, porém, o mercado brasileiro tem se transformado em algo "particularmente atraente" diante do crescimento da economia e da expansão da classe média.

Para o fundo de pensão, o principal motivo do crescimento do setor no Brasil é a expansão da classe média, que deve ser ampliada em 30 milhões de pessoas nos próximos anos. Para Peter Ballon, chefe do fundo para as Americas, a ampliação seria equivalente à inclusão da população inteira do Canadá no mercado.

O Citibank é outro que sugere a seus investidores aplicações no mercado imobiliário brasileiro. O banco, em nota recente a investidores, alerta que aqueles com um perfil mais conservador deveriam manter as aplicações em "propriedades de alta qualidade nos distritos de negócios de cidades como Pequim. Londres, Munique, Nova York, Paris e Sydney". Mas, para aqueles que aceitam um risco maior, mercados com alta taxa de crescimento deveriam ser considerados. Entre eles, estaria o Brasil, com um retorno bem acima de mercados como Europa e EUA.(Estadao)

Ajustes no mercado de imóveis

Os preços dos imóveis subiram, em média, mais de 90% nos últimos três anos e, segundo reportagem do Estado (26/12), parecem, agora, tender para a estabilização. Isso ajudaria a evitar uma escassez de recursos das cadernetas de poupança, que, junto com os do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), abastecem as carteiras de financiamentos à moradia.

O mercado imobiliário viveu um período de euforia, em 2009 e 2010, que provocou a alta dos preços. Em 2011, o ritmo das vendas diminuiu. Na comparação entre os primeiros dez meses de 2010 e 2011, segundo levantamento do sindicato da habitação (Secovi), houve queda de 20,8% do número total de unidades comercializadas. Em outubro último, o recuo foi ainda mais forte (-37,7% em relação ao mesmo mês de 2010).

Para 2012, os especialistas esperam uma maior estabilização dos preços dos imóveis - e esta é uma boa notícia para os compradores em potencial.

Em 2011, segundo o Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon-SP), o número de lançamentos de imóveis, em São Paulo, superou o de 2010. Boa parte desses imóveis será colocada à venda em 2012. Havendo maior oferta de moradias, será mais fácil a estabilização de preços, observou a economista Ana Maria Castelo, da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

O gestor de investimentos Fábio Colombo considera que os preços dos imóveis são "altíssimos" e a professora Denise Vasconcellos, da Universidade Mackenzie, sugere que "estamos próximos do teto". Para o presidente do conselho de corretores (Creci-SP), José Augusto Viana, os sinais de queda das vendas confirmam que os preços são altos - e estes terão de "parar de subir ou novos negócios não serão feitos".

A experiência histórica mostra que, desde os tempos do Banco Nacional da Habitação (BNH), crédito farto é fator decisivo para a manutenção de preços elevados no mercado de imóveis. Entre 2010 e 2011, a oferta de crédito imobiliário aumentou de cerca de R$ 90 bilhões para R$ 117 bilhões, calcula o Sinduscon. Os empréstimos asseguraram o ritmo da atividade imobiliária e deverão atingir R$ 152 bilhões, em 2012, dos quais R$ 107 bilhões com recursos das cadernetas de poupança e R$ 45 bilhões, do FGTS.

Entre janeiro e novembro, segundo o jornal Valor, os financiamentos concedidos com recursos das cadernetas de poupança atingiam R$ 71,6 bilhões, com aumento de desembolsos de 43% em relação aos R$ 50 bilhões do mesmo período de 2010. A maioria dos bancos privados prevê que o ritmo de crescimento do crédito ainda será de 30% a 40%, em 2012, mas alguns projetam esse aumento em 25% e a Caixa Econômica Federal (CEF), em apenas 15%, somando os empréstimos com recursos das cadernetas e do FGTS.

Mas o crescimento do crédito imobiliário - cujo ritmo oscilou entre 50% e 70% ao ano, na segunda metade da década passada, com a exceção de 2009 - já não é tão acentuado e as perspectivas, agora, são de um avanço mais lento em 2012.

Sem tanta pressão dos tomadores, os recursos da caderneta de poupança deverão atender à demanda por mais dois anos, na pior das hipóteses, ao contrário das previsões mais pessimistas.

Essa hipótese é fortalecida pela queda da taxa Selic, que torna a remuneração das cadernetas (de 7,45% ao ano, em 2011, não sujeita ao IR na fonte) atraente para os poupadores, nota o diretor de crédito imobiliário do Banco Santander, Antonio Barbosa. Além disso, o esfriamento da demanda por imóveis destinados à classe média, apontado pelos levantamentos do Secovi, deverá provocar um crescimento mais lento da procura de recursos pelas construtoras.

Recursos fartos depositados na poupança permitirão aos mutuários tomar empréstimos a custo reduzido. Enquanto isso, outras fontes mais recentes - certificados de recebíveis imobiliários (CRIs) e letras de crédito imobiliário (LCIs), além dos fundos imobiliários - serão mais bem testadas nas operações de crédito à moradia, de forma a oferecer resposta rápida, no futuro, quando os recursos das cadernetas escassearem

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Conheça a convenção do seu condomínio

Durante a procura por um apartamento para alugar ou comprar, o preço, a localização e o tamanho do imóvel são itens que costumam pesar na decisão. Mas você procura saber sobre a convenção do condomínio? Antes de fechar negócio, é bom se informar, pois as regras nem sempre agradam a moradores novos. O documento traz informações importantes sobre despesas, regras de convivência, multas e uso das áreas comuns.

“(A convenção) é a constituição do condomínio. Todas as regras internas devem estar neste documento, incluindo as proibições, permissões, assim como os direitos e deveres do morador. Cada condomínio redige a sua, assim que começa a ocupação pelos moradores”, explica o diretor comercial e de locações da Primar Administradora de Bens, Carlos Samuel.

É na convenção também que é determinado o que será decidido pelas assembleias gerais ordinárias e extraordinárias, como deverá ser feita a convocação dessas assembleias, qual o “quorum” necessário para cada modalidade de deliberação. A validação do documento deve ser feita por pelo menos dois terços do total de condôminos e inclui o regimento ou regulamento interno, que trata do dia a dia do condomínio, podendo chegar a detalhes como horário e formas de utilização dos equipamentos de lazer. Trata ainda do relacionamento entre os condôminos e os empregados do prédio, contém as proibições de utilização de elevadores por entregadores, estabelece o tamanho dos animais admitidos no edifício.

A falta de conhecimento sobre a convenção condominial pode, na opinião do vice-presidente do Sindicato de Habitação do Rio (Secovi Rio), Manoel Maia, causar transtornos para o morador e para os vizinhos. Um problema que tem sido recorrente no Rio é a sublocação de apartamentos ou quartos sem a aprovação pela convenção condominial.

“É importante para quem está alugando um apartamento, saber quais são as regras daquele edifício. Tem condomínio que proíbe a sublocação, por exemplo, com o objetivo de não ameaçar a segurança e o ambiente familiar. Queixas relacionadas a animais e horário permitido para obras no imóvel também são recorrentes, devido à falta de conhecimento das normas do edifício”, explica o vice-presidente do Secovi.

Como ficará o preço dos imóveis em 2012

Especialista diz que o grande aumento de preços já aconteceu e aposta em um ritmo menor de valorização

São Paulo - Após alcançar valorização de até 100% em alguns bairros, os preços do mercado imobiliário começam a apresentar um ritmo de evolução menor. Em dezembro, os imóveis na capital paulista tiveram alta de 1,4%, o menor valor registrado desde maio de 2011, dando indícios de que o mercado se prepara para alcançar um equilíbrio.

A estabilização, no entanto, não significa que os preços vão começar a cair, pelo menos não na opinião de Marcos França, diretor comercial da Requadra Desenvolvimento Imobiliário. “Acredito que o valor dos imóveis subirá num ritmo menor do que o que aconteceu nos últimos anos, por exemplo, quando a procura por residências foi muito alta e os produtos se esgotavam rapidamente”, diz.

Segundo França, a tendência é que os preços dos imóveis acompanhem, no mínimo, a inflação. “Nunca vi o preço de um imóvel desvalorizar. Os valores dos imóveis acompanham, pelo menos, a inflação do período”.

De acordo com o executivo, o grande aumento dos preços já aconteceu e a influência desta valorização nas vendas é nítida, mas prevista. “Por conta do novo momento que estamos passando neste mercado, notamos uma enorme diminuição dos compradores especulativos que participavam da compra e venda das unidades esperando a rápida valorização. Agora estamos tratando de fato com os futuros moradores”, explica.

Para o diretor, o comprador pode até encontrar imóveis que tenham sofrido queda nos preços, mas apenas em casos pontuais. “Não podemos falar em desvalorização, o que pode acontecer é do cliente achar um imóvel que tenha sofrido queda do preço por algum motivo em especial, mas isoladamente. Os valores já estão em um novo patamar e a oferta de crédito já está mais seletiva, o que é saudável para evitarmos as famosas bolhas imobiliárias”, explica.

Fonte: Exame

Imóveis ficarão mais caros ao longo do ano

Quem deixou para comprar a casa própria neste ano pode preparar o bolso. Ao que tudo indica, os imóveis devem manter a mesma valorização de preços que em 2011 - entre 15% e 20%. "Os índices de venda de lançamentos no Estado devem até encarecer", projeta o economista-chefe do Sindicato da Habitação do Estado de São Paulo, Celso Petrucci.

Apesar da supervalorização nos imóveis, especialmente no segundo semestre - o que preocupou empresários do setor sobre uma possível baixa na venda de unidades -, o presidente da Viana Negócios Imobiliários, Aparecido Viana, é enfático: "Imóvel sempre vai valorizar, porque a oferta é sempre menor e, a demanda, maior".

Contudo, o presidente da Associação dos Construtores, Imobiliárias e Administradoras do Grande ABC, Milton Bigucci, minimiza o impacto dos aumentos, ao frisar que nos últimos quatro anos triplicou o custo das residências. Dessa forma, o ritmo não deve assustar. "Os aumentos não podem ser tão altos para não prejudicar a velocidade das vendas e escoamento das unidades."

Segundo ele, equilibrar essa conta matemática não é nada fácil. Isso porque, além da valorização real dos imóveis, as construtoras ainda arcam com preços elevados dos terrenos, reajustes de salários no segmento e de material de construção. Também defendem margem de lucro como justificativa para aumentos. "Tudo isso é repassado aos compradores, não tem jeito."

A cidade elegida pelos empresários ouvidos pela reportagem do Diário a despontar até dezembro na região é Diadema. O valor médio cobrado pelos imóveis será entre R$ 240 mil e R$ 300 mil.

Para o presidente da MZM Construtora, Francisco Diogo Magnani, a cidade já conta com quatro empreendimentos da construtora. Um deles envolve um hotel com 10,8 mil metros quadrados, no Centro. "O fato de o terreno ser muito mais barato do que em São Paulo é um diferencial. Custa de 30% a 60% menos."

Contudo, a menina dos olhos do setor hoje é São Caetano. Apesar do espaço restrito, Viana garante que ainda há "gordura" de até 7% a ser preenchida na cidade nos próximos meses.

Os tamanhos dos imóveis, segundo o delegado regional do Creci-SP, Alvarino Lemes, devem ficar na média de 44 m² a 52 m², para imóveis de até R$ 170 mil. Já unidades com preços de R$ 280 mil, devem abarcar tamanho entre 68 m² a 75 m². "Os mais procurados são e devem continuar sendo os de dois dormitórios para as metragens menores."

CAUTELA - A crise e a inflação em alta, que abocanham os ganhos da massa salarial, já interferem no desejo dos paulistas para comprar imóveis. Pesquisa do Programa de Administração de Varejo mostra que neste trimestre, frente a igual período de 2011, houve queda de 32,5% na intenção de compra de imóvel. Só 500 entrevistados falam em adquir uma unidade até março.

Apesar disso, o gerente de vendas da Casari Imóveis, Valdecir Lanza, garante que as expectativas na região são otimistas. Mas admite: "As vendas não serão em igual volume, tão grande, como foi nos últimos três anos na região".

Vendas estão abaixo do esperado

No Grande ABC, as vendas de imóveis até o terceiro trimestre (balanço mais recente), apontaram crescimento de 34,09% em comparação com o mesmo período de 2010, somando 2.596 unidades, segundo a Acigabc.

O desempenho do setor imobiliário superou o dos quatro últimos iguais períodos. Bigucci, presidente da Acigabc, espera que o setor tenha repetido nos últimos três meses de 2011 ao menos o número de 2.000 imóveis comercializados de outubro a dezembro de 2010.

Enquanto não há o fechamento do ano, imobiliárias destacaram que as vendas superaram, e muito, o volume obtido em 2010. A ressalva, no entanto, é que os números ficaram abaixo do projetado. A alta previsão era de resultado do forte aumento de comercializações, especialmente após 2010, quando ocorreram picos nas vendas.

Lanza, da Casari Imóveis, destaca que houve momentos inclusive de decréscimos nas vendas no fim de 2011. "Os imóveis com valores acima de R$ 500 mil foram os que mais tiveram estabilização nos preços."

Já o volume de imóveis lançados e vendidos na região metropolitana de São Paulo foi menor em 2011, se comparado a 2010 - foram colocadas no mercado cerca de 65 mil unidades, enquanto que em 2010 foram 70 mil imóveis - 10% a menos. Quanto às comercializações, 2011 somou 52 mil unidades, contra 65 mil (25% menos) dois anos atrás, diz o Secovi-SP.

"A queda nas vendas em 2011 foi resultado das más notícias na economia mundial, maior inflação e a indefinição das regras do programa federal Minha Casa, Minha Vida (no primeiro semestre), que acabaram por frear o ritmo ", justifica Petrucci, do Secovi-SP. (TM e VG)

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Aquecimento Imobiliário

Pode-se dizer que 2011 foi um ano em que os fundos imobiliários se consolidaram como uma alternativa de investimento. Os números mostram que, no ano passado, essas carteiras movimentaram R$ 912,46 milhões na bolsa - crescimento de 140% ante o volume de R$ 379,09 milhões registrado em 2010. O total de negócios também cresceu exponencialmente: foram 77.075 transações na bolsa em 2011 para 24.983 negócios em 2010, alta de 208%. O ano de 2011 encerrou com 66 fundos imobiliários registrados e autorizados a negociação nos mercados de bolsa e balcão da BM&FBovespa.

Ao se observar a rentabilidade dessas carteiras no ano passado, vê-se que muitos investidores têm motivos para comemorar. Levantamento da Uqbar Educação & Informação Financeira mostra que há casos de carteiras com retorno acima de 50% - considerando-se a valorização da cota na bolsa e retornos mensais distribuídos aos investidores. Mas atenção: caso o investidor decida comprar agora a cota, terá um retorno proporcionalmente menor, já que terá adquirido a cota por um valor mais alto.

Os ganhos, em média, superam a passos largos a variação de 11,60% do CDI no período, enquanto o Ibovespa teve queda de 18,11%. Vale ressaltar que o estudo considera apenas os portfólios com histórico completo em 2011, ou seja, desconsidera o desempenho dos fundos lançados durante o ano passado.




Ao observar o retorno das carteiras, entretanto, fica evidente que o investidor deve ficar bastante atento ao tipo de fundo na qual aplica, já que há casos de perdas superiores a 38% no ano (ver reportagem abaixo). Nesse caso, são normalmente portfólios que distribuíram ganhos mais modestos aos cotistas e, com isso, tiveram desvalorização de suas cotas em bolsa.

Entre os campeões de rentabilidade, há fundos dos mais diversos tipos - aqueles que investem em escritórios, flats, shoppings ou apenas em papéis imobiliários. No topo da lista entre os mais rentáveis, com 57,46% de ganho, aparece o fundo BB Progressivo. Administrado pela Caixa Econômica Federal (CEF), trata-se de uma carteira que aplica em dois prédios nos quais funcionam o Banco do Brasil, um em Brasília e outro no Rio. "E essas são duas praças em que ocorrem atualmente grandes valorizações dos imóveis comerciais", avalia Vitor Hugo dos Santos Pinto, gerente nacional de fundos para o setor imobiliário da Caixa.

Para o executivo, a valorização da cota no mercado secundário mostra que o investidor é capaz de identificar a aplicação na qual o locatário tem baixo risco de crédito. Segundo Santos Pinto, no ano passado, houve renegociação de contratos e o reajuste foi, em média, de 30% no valor dos aluguéis.

O retorno médio dos fundos imobiliários, de 13%, obtido em 2011 supera o CDI, mas está abaixo do ganho médio de 20% registrado no ano anterior, ressalta Pedro Junqueira, sócio da Uqbar Educação & Informação Financeira. Isso é uma indicação de tendência desse mercado, de retornos talvez não tão altos, visto que há uma desaceleração no mercado imobiliário, avalia o executivo. Houve, no entanto, sinais claros de aumento de liquidez em 2011 e mais de 20 fundos foram lançados.

E a perspectiva é bastante favorável para o setor. A queda da taxa básica de juros favorece a captação em fundos imobiliários, diz Santos Pinto, da Caixa. "Vemos também um amadurecimento dos investidores de varejo e institucionais na aplicação em fundos em relação à aquisição direta de um imóvel, já que as vantagens dos fundos estão mais evidentes", afirma o executivo, lembrando a isenção de imposto de renda sobre os ganhos e a exigência de tíquetes menores.

Com retorno de 46,5%, o fundo Hotel Maxinvest é uma carteira formada por flats e que aproveitou o aquecimento do setor no ano passado para realizar alguns desinvestimentos, conta Vítor Bidetti, diretor da Brazilian Mortgages, líder no segmento de fundos imobiliários. Lançado em 2008, o fundo começou a comprar flats justamente num momento em que havia uma superoferta e os preços tinham despencado. "Com a economia crescendo, a recuperação do setor viria e agora vendemos justamente no momento de alta", afirma.

Outras carteiras a trazer alegrias aos investidores foram a Edifício Almirante Barroso, com retorno de 38,5% em 2011, e a Torre Almirante, com rentabilidade de 31,6%, segundo os dados da Uqbar. No primeiro caso, trata-se de um fundo que abriga a sede da CEF no Rio. No segundo, está um dos prédios que abrigam a Petrobras, também na capital carioca. "Os investidores deram um prêmio adicional às duas carteiras por conta da qualidade dos inquilinos e pela escassez elevada de imóveis no Rio", avalia Bidetti.

Já o Brazilian Capital Real Estate Fund I - que encerrou 2011 com rentabilidade de 33,9% - mantém em carteira 13 prédios de escritório. O regulamento da carteira prevê a retenção de parte dos recursos para futuras aquisições. Em dezembro do ano passado, entretanto, o fundo aprovou em assembleia o aumento da distribuição de rendimentos, que passou de 8% ao ano sobre o valor de emissão da cota para 10% ao ano, a serem pagos partir de janeiro deste ano. A previsão inicial do fundo era atingir essa distribuição em 2014. O fundo mantém a meta de retorno de 15% ao ano a partir de 2015.

A percepção de baixo risco do locatário também trouxe ganhos extras ao fundo Caixa Cedae, avalia Santos Pinto, da CEF. Lançado em março de 2010, a carteira teve como objetivo levantar recursos para viabilizar a construção de um edifício na cidade do Rio para posterior locação para a Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) pelo prazo de dez anos.

Outra carteira com retorno acima de 29% é a Excellence, primeiro portfólio lançado composto por Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs). Para Bidetti, da Brazilian Mortgages, o mercado de fundos de CRIs deverá crescer em 2012. "Cada vez mais, a caderneta de poupança caminha para um esgotamento [para o financiamento de empreendimentos imobiliários]", diz. "E o sucessor natural está justamente na securitização, portanto, haverá mais volume de CRIs e, consequentemente, de fundos que aplicam nesses papéis."

Um exemplo desse interesse está justamente na Santander Asset Management. Na semana passada, Luciane Ribeiro, diretora-executiva da gestora, informou que pretender entrar na área de fundos imobiliários neste ano. Segundo ela, a carteira deverá ser composta por títulos como Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) e Letras de Crédito Imobiliário (LCI). Inicialmente, a ideia é distribuir o fundo entre os investidores de alta renda do segmento private. O portfólio deverá captar entre R$ 100 milhões e R$ 150 milhões.

Dados da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) mostram que, no ano passado, as ofertas registradas de cotas de fundos imobiliários somaram R$ 7,6 bilhões. O total é inferior aos R$ 9,8 bilhões de 2010 - embora muitas ofertas tenham sido registradas naquele ano, algumas não chegaram a ir a mercado. Já em 2009, o volume registrado na autarquia foi de R$ 3,5 bilhões.(Fonte:LM-Valor)

Jovens buscam consórcios com a promessa de investimento garantido

Opção ideal para investidores mais novos se destaca por oferecer disciplina na hora de poupar e ausência de juros


 (Reprodução/Internet)


Opção ideal para jovens investidores, o consórcio imobiliário se destaca por oferecer disciplina na hora de poupar e ausência de juros. No entanto, como alertam o consultor financeiro Luiz Felizardo Barroso e o diretor do Instituto Brasileiro de Estudo e Defesa das Relações de Consumo (IBEDEC), José Geraldo Tardin, nem sempre o final é feliz. É preciso ficar atento às taxas de administração e às falsas promessas apresentadas por corretores despreparados que não constam nos contratos.

De acordo com Tardin, também representante da Associação Brasileira de Mutuários da Habitação, o primeiro requisito para uma pessoa interessada em aderir ao consórcio é entender que esta é uma compra a longo prazo. “Por isso, o jovem seria o perfil que se encaixa melhor”, observa. Luiz Felizardo também compartilha da mesma opinião. “O consórcio pode ser financiado em cinco, dez anos. Então, esses jovens são pessoas de uma faixa etária que pode esperar. Está pensando em se casar, mas só quer depois que tiver um imóvel e não quer morar de aluguel? O consórcio é uma boa opção”, acredita o consultor.

Para Felizardo o consórcio é como uma poupança forçada, porém programada. “A dificuldade para poupar é que você, muitas vezes, não tem disciplina. Já no consórcio essa disciplina é necessária, afinal, existe uma programação. Dentro dessa programação você aperta daqui ou dali, mas arranja o dinheiro”, observa. O consultor explica que o importante é ter uma renda compatível com a prestação que você vai assumir. “Se você não tem pressa, vai contribuindo até que seja sorteado ou que ofereça um lance. Mas a garantia é que o bem é entregue a você quitado”, lembra.

No caso da recepcionista Raiane Duarte da Cruz, de 21 anos, o consórcio surgiu como uma forma de investir o dinheiro de maneira útil. Apesar de ainda não estar pagando as parcelas - seu plano está em fase de análise -, Raiane acredita que o investimento irá garantir um futuro seguro. As expectativas não poderiam estar maiores. “Ter algo próprio. Ter, de certa forma, minha independência. Se eu resolver sair de casa vou para algo que é meu”, orgulha-se.

Raiane pretende usar sua carta de crédito para adquirir um imóvel. Sem pressa, a jovem não planeja se mudar tão cedo para o local. “Pretendo alugar a casa. Não tenho a intenção de mudar e morar sozinha”, explica. Raiane, que mora com os pais, conta que os dois foram receptivos e apoiaram a iniciativa da filha. “Eles vão me ajudar no pagamento das parcelas”, diz. Com bom humor, a jovem brinca que se um dia tiver filhos, poderá deixar a casa e, quem sabe, ainda, as prestações como herança.

Tardin conta que o maior problema relatado ao IBEDEC é a famosa falsa promessa. “Não se deve acreditar em nenhuma promessa que não esteja no contrato. Recebemos cerca de dez denúncias por mês descrevendo esse tipo de reclamação”, conta. “Eles prometem que o imóvel sairá em até seis meses no sorteio ou que com lances de 20% e 30% você o tira. Mas é uma mentira”, alerta. O diretor do instituto explica que para se precaver e não cair em ciladas de corretores despreparados, o cliente pode pedir extrato de grupos similares dos últimos 12 meses, assim ele pode avaliar o percentual das cartas que foram ofertadas. “Vai ver que o primeiro foi com 80%, outro com 70%. Aí sim você entende a realidade”, enfatiza. Tardin garante que antes de 18 meses, os lances nunca são inferiores a 50% do valor.

Vale ressaltar que o consórcio feito para imóveis não é igual a consórcio de carro, pois neste caso o preço do produto só depende do valor estipulado, não existe valorização. “Já no mercado imobiliário, vários índices interferem de acordo com os anos no preço e valorização dos imóveis”, explica Tardin. Ou seja, você pode arcar com uma carta de crédito de R$ 300 mil, no entanto, o imóvel que você tem em vista hoje, em dois ou três anos, pode passar a valer R$ 500 mil. Ou seja, R$ 200 mil a mais do que você planejou. “A correção feita na sua parcela mensal pela administradora de consórcio geralmente é menor do que o ajuste do mercado”, esclarece o diretor.

O que recomendam os dois especialistas é que, caso a pessoa não for sorteada logo, o ideal é dar um lance em, no máximo, 24 meses. “Depois disso valoriza demais e você pode perder o imóvel que a princípio tinha em mente”, alerta Tardin. Por isso, outra atitude importante antes de assinar um contrato é verificar como está a valorização do mercado imobiliário, se a correção dos imóveis valerá a pena em alguns anos. Sobre as taxas de administração, ele explica que é preciso fazer pesquisa. “Tem empresa que pratica com taxa de administração de 10%, outras com 12%. Então é preciso ficar atento. É mais recomendável fazer com grandes bancos, porque aí você tem a certeza que não terá problemas. Afinal, já existe uma reputação, eles já possuem tradição nesse meio”, aconselha. (portalUai/LugarCerto)

Proposta obriga cartórios a avisar sobre descontos para registro de imóveis

A Câmara analisa o Projeto de Lei 2591/11, do deputado Edmar Arruda (PSC-PR), que obriga os 
Arruda: pessoas de baixa renda têm
de arcar com custos cartoriais altos
para a formalização e registro do bem.
cartórios a informarem aos beneficiários sobre os descontos em todos os atos realizados para a aquisição do primeiro imóvel residencial financiado pelo Sistema Financeiro da Habitação.

As taxas para registro e escritura são reduzidas em 50%, além de outros benefícios para programas de baixa renda e imóveis de interesse social, como os do programa Minha Casa, Minha Vida. A proposta altera a Lei 6.015/73, que regulamenta os registros públicos.

Pela proposta, uma placa indicativa sobre a redução do valor, afixada em local visível, cumpre a obrigação.
Segundo o autor da proposta, poucas pessoas sabem da existência de tal benefício, e mesmo pessoas de baixa renda têm de arcar com custos cartoriais altos para a formalização e registro do bem adquirido. “De acordo com a associação dos cartórios, é o comprador que precisa avisar que se encaixa nos requisitos na hora de fazer o financiamento do imóvel e pedir o desconto. Isso não é admissível”, disse.

Tramitação

A proposta será analisada de forma conclusiva pelas comissões de Defesa do Consumidor; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Íntegra da proposta:

Fonte: 'Agência Câmara de Notícias'

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Desaceleração econômica trava setor imobiliário em SP


Especialistas, no entanto, questionam validade do estudo do Secovi-SP


O mercado imobiliário paulista já está sendo afetado diretamente pela desaceleração da economia brasileira. Segundo dados divulgados pelo Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP) na última terça-feira, (17/01), cerca de 31 mil imóveis novos foram vendidos na capital, o menor número desde 2006. O valor é 20,8% menor do que o registrado em 2010.

A notícia vem na mesma semana em que a Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou um relatório no qual indica a estagnação da economia brasileira. De acordo com os dados da entidade, a desaceleração econômica dos Estados Unidos, Europa e China vai afetar o crescimento dos países latino-americanos, muito dependentes do capital estrangeiro e do turismo.

"O resultado reflete a desaceleração da economia e a demora do governo em liberar novas regras para o programa Minha Casa, Minha Vida", explicou o economista-chefe da Secovi-SP, Celso Petrucci.

Uma das principais imobiliárias de São Paulo, a Cyrela, já indicou que trabalha com um índide de crescimento menor em 2012. De acordo com o diretor de relações com investidores da empresa, José Florêncio Rodrigues Neto, o mercado não está mais aquecido como antigamente.

"Assumimos a diretriz de crescer de forma orgânica, implicando num crescimento menor", apontou José Florêncio.




Segundo o Sindicato da Habitação de São Paulo, vendas de imóveis novos são as piores desde 2006
Credibilidade
Apesar de a desaceleração da economia brasileira ser um fato consumado, a queda nas vendas de imóves novos em São Paulo não é unanimidade. Especialistas apontam que o estudo da Secovi-SP não inclui em seus dados algumas das maiores empresas, como a Lopes, considerada a maior imobiliária de São Paulo.
A Lopes, inclusive, prepara um relatório sobre o setor imobiliário paulista que deve ser divulgado até o fim do mês e, apesar de ainda não ter os números definitivos, aponta para uma alta na venda de imóveis na capital.
O Rio de Janeiro ainda não tem um relatório sobre as vendas de 2011, mas o vice-presidente da Secovi-RJ, Leonardo Schneider, não crê numa influência da desaceleração econômica na capital fluminense.
"O ritmo de crescimento certamente não o mesmo de um tempo atrás, mas não é um sintoma que nos preocupe. O mercado de compra e venda é muito volátil e acho que os impactos da desaceleração da economia ainda não podem ser sentidos. Eles só nos atingirão em médio prazo", avalia Schneider.
"E uma possível queda de preço no Rio é fora de questão. O que vai acontecer é que eles vão subir mais lentamente. O mercado carioca está muito vitaminado pela Olimpíada". (JB)

Procura por areas corporativas segue aquecida em São Paulo

SÃO PAULO – A procura por áreas corporativas segue aquecida em São Paulo, tanto que nos últimos dois anos a taxa de vacância na cidade caiu para 0,5%, segundo aponta a Colliers International Brasil em seu levantamento sobre o 3º trimestre de 2011, divulgado nesta quarta-feira (18).

De acordo com o estudo, a taxa segue como a menor do mercado imobiliário corporativo paulistano se mantendo também nos últimos doze meses - quando uma queda de 2,3% pode ser observada.

“Apenas a região de Alphaville apresentou uma vasta oferta de imóveis corporativos. Ali, a taxa de vacância registrada ficou em 25,8%”, revelou o estudo.

Outras regiões
Outra localidade na cidade de São Paulo que também registrou queda na taxa de vacância em relação ao trimestre anterior foi a região da Berrini (2,5%). Já as demais regiões como Barra Funda, Chácara Santo Antônio, Faria Lima, Itaim, Marginal Pinheiros, Paulista, Roque Petroni e Vila Olímpia permaneceram com taxas bem próximas de zero.

“Quando comparada a outros mercados da América Latina e do mundo, a taxa de vacância paulistana aparece como a mais baixa, explicando os altos valores praticados na cidade”, explica o levantamento.

Preços
Neste quesito, o preço médio de locação costuma chegar ao valor de R$ 110,50/ m² para os imóveis de alto padrão. Apenas nas regiões da Faria Lima e do Itaim, consideradas as mais procuradas, tais valores costumam chegar a R$ 200 e R$ 145, respectivamente.

A pesquisa aponta ainda o preço médio de os imóveis na Av. Paulista, que seguem como os mais baratos apresentando locações que podem chegar a R$ 108,5/ m².

Expectativas
Já para o futuro, no entanto, a Colliers International Brasil aguarda uma certa compatibilidade em relação aos preços. Para eles, os mesmos deverão se tornar mais nivelados, especialmente no que diz respeito à macrorregião que engloba Vila Olímpia e Marginal Pinheiros (principalmente nas áreas próximas à Ponte Cidade Jardim).(Infomoney)

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Busca por apartamentos de luxo estão se espalhando pelo Brasil


Até novembro de 2011, foram lançados só em São Paulo seis grandes empreendimentos com unidades que custam acima de R$ 3 milhões.



Um fenômeno vem se espalhando Brasil afora: é a multiplicação dos quartos, varandas e churrasqueiras em apartamentos de sonho para clientes endinheirados, que podem pagar mais de R$ 1 milhão por um imóvel. Mas parece que muitos brasileiros estão chegando a essa faixa de renda. Uma pesquisa mostra que até novembro do ano passado foram lançados só em São Paulo seis grandes empreendimentos com unidades que custam acima de R$ 3 milhões. Trata-se de uma tendência que alcança até o Nordeste do país.
Apartamentos são vendidos na planta por R$ 7 milhões. Apesar do valor alto, eles são procurados com frequência na cidade de São Paulo. “Nós vimos isso acontecer com os imóveis de mais baixo valor com essa imensa nova classe média. Mas isso também aconteceu na classe média alta e também na classe de renda mais afluente”, aponta João Crestana, presidente do Sindicato das Empresas de Compra, Locação e Administração de Imóveis Comerciais de São Paulo (Secovi-SP).
“Normalmente um apartamento de alto padrão tem uma metragem acima de 250 metros quadrados. É bem localizado, em um bairro com uma boa infraestrutura. A gente está falando de padaria e de comércio no entorno”, explica o gerente de negócios Octávio Flores.
A cobertura de um prédio que ainda vai ser entregue custa R$ 2,5 milhões. Ela terá 438 metros quadrados. O projeto tem salas amplas, varanda com churrasqueira e forno de pizza e elevador com entrada privativa.
Um apartamento tem quatro suítes. De um lado, ficam os quartos das crianças. Mas um detalhe diferencia a suíte do casal: ela tem dois banheiros. Um é o do homem. O da mulher fica ao lado. É maior e ainda possui uma banheira de hidromassagem.
“Quando você está tomando banho, não fica um ‘Vai logo, libera o banheiro’. A gente tem uma praticidade maior”, comenta a fisioterapeuta Maisa Barreto. Ela e o engenheiro civil Fabrício Jorge Barreto ficaram encantados com o imóvel. “Praticidade e conforto para a família que deseja espaço e lazer. É amplo, com bastante lugar para guardar as coisas”, diz o engenheiro civil Fabrício Jorge Barreto.
São Luís, que tem o metro quadrado mais caro do Nordeste, importa material de construção do Sul e do Sudeste. Ainda assim, a procura é alta. Próximo à praia, é possível encontrar imóveis que custam acima de R$ 1 milhão.
“O que ocasionou isso? A supervalorização dos terrenos e das áreas. Os insumos no nosso estado são bem mais caros do que no restante do país, porque nós não temos frete de retorno”, afirma João Mota, presidente do Sindicato de Construção Civil.
Em São Paulo, os lançamento de imóveis de alto padrão se concentram nos bairros do Itaim Bibi, Vila Nova Conceição, Moema, Vila Madalena e Alto da Boa Vista. São regiões que têm poucos terrenos disponíveis, o que encarece ainda mais o preço.(G)

Mercado Imobiliario devera continuar aquecido

O mercado imobiliário nacional deverá continuar aquecido, segundo estudo divulgado ontem pela Fitch Rating: “"Perspectivas 2012: Incorporadoras Brasileiras - Bolha ou Mercado Sustentável", publicado hoje pela Fitch Ratings.

A agência mantém a perspectiva “estável” devido a um conjunto de fatores.

O primeiro, de ordem conjuntural, é a manutenção do mercado interno aquecido, graças à disponibilidade de crédito imobiliário de longo prazo, as mudanças demográficas, o aumento da renda familiar, baixas taxas de desemprego e o ainda elevado déficit habitacional.

Uma característica importante do mercado imobiliário é que não pode ser analisado como commodity – isto é, com elevação ou queda de preços de maneira uniforme. O bom investimento exige análise dos movimentos de expansão das grandes cidades e, também, - no caso do interior - da identificação de município de crescimento dinâmico – uma área do conhecimento que vem gerando trabalhos acadêmicos muito interessantes.

Para a Fitch, haverá moderada desaceleração no crescimento. De fato, nos últimos anos o mercado tornou-se bastante aquecido para compensar a pasmaceira que vigorou até 2007. Após os saltos iniciais, tende a se acomodar a taxas mais moderadas de crescimento.

Por outro lado, o elevado volume de entregas previsto para os próximos 18 meses deverá melhorar o fluxo de caixa das companhias analisadas.

Os fatores que indicam a não ocorrência de bolha, segundo a Fitch, seriam: demanda ainda reprimida por imóveis novos; baixa relação crédito imobiliário/PIB; índice “loan-to-value” (relação entre hipoteca e valor do imóvel) baixo, quando comparado a outros países que enfrentaram bolhas. Esse indicador é sinal de segurança nas hipotecas.

Por esses fatores, em relação aos preços dos imóveis, a Fitch “não espera queda acentuada (…) até 2013. Porém, na média acredita que os preços devem começar a estabilizar”. Isto é, retornar a patamares mais realistas.

A Fitch analisa correntemente 11 incorporadoras com ações em bolsa. Em 2010, foram responsáveis por 172 mil unidades lançadas – 40% a mais do que em 2011, e que ajuda a entender o desempenho da economia brasileira ante a crise internacional.

Para 2011, a estimativa da empresa (já que os números ainda não estão fechados) é de uma desaceleração de 20 a 30% dos lançamentos.

Mas o desempenho individual de cada incorporadora dependerá de um conjunto específico de fatores. Com a elevação dos preços de terrenos, terão vantagens as incorporadoras que já dispõem de um estoque estratégico bem posicionado.

Há casos de incorporadoras que precisarão redefinir seus estoques, saindo de áreas saturadas para outras com potencial de crescimento. A má administração dos estoques de terrenos – segundo a Fitch – foi um dos fatores responsáveis por acréscimos de custos e perda de competitividade de algumas empresas.

Entre as incorporadoras com rating da Fitch, duas - Trisul S.A. e Cyrela Brazil Realty S.A – foram avaliadas com perspectiva negativa.(advivo-LuisNassif)

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

CRECI SP: Devido alta dos aluguéis aumentam devolução de imóveis,

O aumento expressivo no valor dos aluguéis tem elevado também o número de inquilinos que precisam devolver o imóvel por não conseguir arcar com o pagamento, afirma o presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (Creci-SP), José Augusto Viana. “Vence o contrato, o proprietário pede um preço absurdamente alto que o locatário atual não consegue pagar”, ressaltou.

A pesquisa mensal do Creci aponta que entre agosto e outubro de 2011 mais de 60% dos novos contratos de aluguéis foram fechados em imóveis devolvidos pelos antigos ocupantes. Agosto registrou o maior índice do ano até o momento, 73% (a entidade ainda não disponibilizou os números de novembro e dezembro). “Nota-se nitidamente pelas pesquisas que a maioria das locações que são efetuadas hoje em dia, 60%, são de imóveis que são devolvidos por inquilinos anteriores que não têm condições de pagar o novo aluguel”, destacou Viana.

Segundo o Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP), os aluguéis novos registravam em novembro aumento de 19,77% em 12 meses. Na cidade do Rio de Janeiro, o Secovi-RJ verificou uma alta de 16,1% de janeiro a dezembro de 2011. No mesmo período o Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), que determina o reajuste dos contratos, subiu 5,09%.

Para o consultor de locação do Secovi-SP, Cícero Yagi, a alta é uma tendência nas grandes cidades do país motivada, principalmente, pela melhoria da renda da população nos últimos anos. “A renda das pessoas aumenta e as pessoas procuram melhores condições de moradia. Muita gente que morava com familiares ou amigos, com o aumento da renda, prefere arrumar um imóvel para si.”

O descompasso entre os imóveis ofertados para locação e a demanda deve fazer, segundo Yagi, com que os preços continuem a subir acima da inflação nos próximos meses. “Deve continuar aumentando um pouco mais que a inflação, mas não nesse ritmo dos últimos dois anos. A gente acredita que com o passar do tempo o mercado tende a um ajuste entre oferta e demanda”, avaliou.

A falta de imóveis é agravada, de acordo com Augusto Viana, pela ação dos especuladores. “Boa parte deles [imóveis vazios] pertencem a especuladores, pessoas que são profissionais do mercado, compram e vendem, fazem do imóvel uma moeda”, disse ao lembrar que existe um grande número de casas e apartamentos desocupados que não são disponibilizados para locação.

O Censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou que São Paulo era o estado com maior número de domicílios vagos, 1,112 milhão.

A alta dos preços tem tornado a locação, segundo Viana, um negócio cada vez mais rentável. “O aluguel que há cinco anos representava 0,5% do valor do imóvel [por mês], hoje, dependendo do imóvel e da localização, consegue-se até 1,2% do valor do imóvel.”(DCI)

Aumenta busca por imóveis próximos a universidades


Meses de janeiro, fevereiro e julho são os preferidos dos universitários para buscar um novo imóvel


São Paulo - Janeiro, fevereiro e julho são os meses nos quais a busca por imóveis próximos a universidades aumentam. Muitos estudantes que conquistaram a tão disputada vaga na universidade acabam tendo que mudar de cidade ou estado para dar continuidade aos estudos.


Outros, mesmo dentro da própria cidade, optam por se mudar para bairros mais próximos da faculdade, reduzindo os custos e o tempo gasto com transporte. “Às vezes o aluguel fica um pouco mais caro do que o gasto com transporte, mas a comodidade de morar próximo a faculdade acaba compensando”, diz Bárbara Silva Freitas, diretora da Primar Administradores de Bens.

O fator que mais influencia a escolha do imóvel pelos universitários é a proximidade com o local de estudo, já que eles precisam sair muito cedo ou chegar muito tarde em casa, à noite. “Uma dica é analisar a vizinhança e verificar se há bares, obras, trânsito pesado ou qualquer outra situação que possa atrapalhar a tranquilidade durante os momentos de estudo”, sugere Bárbara.

A diretora explica que o contrato de aluguel neste tipo de situação é o padrão, com duração de pelo menos 30 meses e cobrança de multa proporcional em caso de rescisão. “Não é comum determinar uma duração diferenciada, como nas locações de temporada. Mas como os estudantes são mais instáveis e durante a faculdade podem mudar de curso ou de casa, por exemplo, é possível, através de negociação, propor a inclusão de uma cláusula no contrato que reduza ou dispense a multa rescisória”.

Por conta da divisão de despesas, alguns estudantes optam por dividirem o mesmo espaço, formando as famosas repúblicas. Nesses casos, é preciso atenção com relação ao contrato. Se ele for feito apenas no nome de uma pessoa, esta será a responsável legal pela locação. “Ao deixar a casa é importante que o contrato seja alterado e fique no nome de alguém que continuará no imóvel. Pois mesmo que o estudante não esteja mais morando na casa ou apartamento, ele pode responder judicialmente se algum problema acontecer e ele estiver como inquilino”, alerta.

Outro cuidado é em relação ao aluguel de imóveis mobiliados. Bárbara aconselha a checar a descrição de tudo que está no contrato e verificar o estado de cada item para evitar problemas quando chegar o momento de devolver o imóvel. (Exame)
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